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Estado de Minas

Militantes ocupam por horas apartamento no Guarujá atribuído a Lula


postado em 16/04/2018 17:42

Militantes do Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo invadiram por algumas horas, nesta segunda-feira (16), o tríplex no Guarujá, litoral paulista, que é atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.

No começo da manhã, cerca de 30 integrantes dos dois movimentos ocuparam o apartamento e colaram cartazes na varanda contra sua prisão, em 7 de abril, por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Não tem arrego. Ou solta o Lula ou não vai ter sossego", gritavam os militantes.

"É uma denúncia da farsa judicial que levou Lula à prisão (...) Se o apartamento é do Lula, o povo foi convidado e pode ficar lá. Se não é do Lula, o Judiciário vai ter que explicar por que é que prenderam o Lula por conta desse tríplex", argumentou o coordenador do MTST e pré-candidato à Presidência Guilherme Boulos no Twitter.

Poucas horas depois, os militantes deixaram o apartamento após sofrerem ameaças de prisão da polícia, "numa ação arbitrária, sem ordem judicial", denunciou Boulos.

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) disse à AFP que a invasão foi "um gesto politico mesmo que coloca em questionamento a tese do juiz Sérgio Moro de que o apartamento é do presidente Lula".

- Expectativas e temores -

Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, acusado de ter recebido este apartamento da construtora OAS em troca de favorecimento dentro da Petrobras.

O ex-presidente, réu em outros seis casos, nega que o apartamento seja seu e critica a condenação, que ele diz ser "sem provas".

Hoffmann, que está em Curitiba como parte do dispositivo político montado pelo PT para ficar perto de Lula, disse que as expectativas para o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância, como Lula, são moderadas.

"Nossa expectativa é que o STF cumpra o seu papel de defensor da Constituição e restabeleça o que a Constituição diz em termos de execução de sentença: que só pode ser executada após o transito em julgado", afirmou.

Hoffmann explicou que ainda não viu Lula desde sua prisão, mas trocou mensagens por meio de seus advogados.

"A nossa preocupação é que ele está muito sozinho. Por exemplo agora, este sábado e domingo, não foi permitido que ninguém o visitasse, nem o pessoal da área jurídica. A gente tem preocupação que ele possa ter uma depressão, ficar doente", explicou.


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