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ONU avalia nova resolução para investigar armas químicas na Síria

As negociações para a execução dessa investigação devem começar na segunda-feira (16)


postado em 14/04/2018 22:18 / atualizado em 14/04/2018 22:53

Reunião neste sábado na sede da ONU, em Nova Yorrk(foto: Drew Angerer)
Reunião neste sábado na sede da ONU, em Nova Yorrk (foto: Drew Angerer)

Estados Unidos, França e Reino Unido lançaram neste sábado uma nova iniciativa no Conselho de Segurança da ONU para investigar ataques com armas químicas na Síria, horas depois de executar bombardeios seletivos contra alvos militares sírios.


Os três aliados fizeram circular um projeto conjunto de resolução que também pede envios de ajuda humanitária à Síria e pede que Damasco se envolva em práticas de paz sob a égide da ONU, segundo o texto obtido pela AFP.


As negociações sobre este texto, o primeiro ante o Conselho de Segurança que combina os aspectos químicos, humanitários e políticos do conflito de sete anos, devem começar na segunda-feira, segundo as mesmas fontes.



A Rússia usou em novembro três vezes seu poder de veto para enterrar uma investigação anterior impulsionada pela ONU e que concluiu que forças sírias haviam usado gás sarin na cidade de Jan Sheijun em abril do ano passado.


A nova proposta instruiria a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) a reportar em um período de 30 dias se a Síria revelou completamente quais são suas reservas de armas químicas.


No tema químico, o texto "condena nos termos mais fortes todo uso de armas químicas na Síria, especialmente o ataque de 7 de abril em Duma".


Prevê também criar um "mecanismo independente" de investigação e atribuição de responsabilidades "baseado nos princípios de imparcialidade e profissionalismo".


As acusações lançadas contra Damasco por esse suposto ataque químico em Duma serviram de justificativa para os bombardeios das forças americanas, francesas e britânicas contra os alvos sírios.


Na dimensão humanitária, os três países pedem que se instale um "cessar-fogo duradouro" e exigem um "acesso humanitário sem restrição" em toda a Síria e a possibilidade de "proceder com evacuações médicas", se estas forem necessárias.


Em matéria política, o projeto "exige das autoridades sírias que se comprometam em negociações inter-sírias de boa fé, de maneira construtiva e sem pré-condições", aplicando as últimas discussões de 3 de março em Genebra.


Essas negociações, paralisadas, devem abarcar assuntos como governabilidade, aspecto constitucional, eleições, luta contra o terrorismo e medidas de confiança.


Buscar apoio russo


Diplomatas ocidentais disseram que buscariam dar tempo suficiente para que haja negociações antes que a nova resolução seja votada, a fim de obter o respaldo russo.


A Rússia usou 12 vezes seu poder de veto no Conselho de Segurança para bloquear ações contra seu aliado sírio.


A nova iniciativa diplomática, após os ataques da noite de sexta-feira, foi conhecida pouco depois de uma reunião do Conselho de Segurança convocada pela Rússia, que classificou os ataques militares como uma "agressão" contra a Síria, tentando que fossem condenados.


A tentativa russa, entretanto, fracassou. Apenas China e Bolívia votaram junto com Moscou por condenar os ataques, enquanto oito países se opuseram e quatro se abstiveram.


Os ataques coordenados de Washington, Londres e Paris foram uma resposta à alegada utilização de armas químicas por parte do governo sírio na região de Duma no sábado passado.


A embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, disse durante a reunião deste sábado que Washington estava "carregado e engatilhado" para atacar novamente a Síria caso seja verificado um novo uso de armas químicas.


Haley reiterou que Washington está "preparado para manter esta pressão, se o regime sírio for tonto o suficiente para testar nossa determinação".


O Conselho de Segurança se reuniu cinco vezes esta semana para discutir sobre a Síria, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, tem pedido frequentemente o fim das divisões em torno da Síria.


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