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Estado de Minas

Transporte marítimo faz acordo global para reduzir em 50% emissões de CO2


postado em 13/04/2018 16:30

Mais de 170 países acordaram, nesta sexta-feira (13) em Londres, reduzir pela metade as emissões de dióxido de carbono do transporte marítimo antes de 2050, um passo que requererá que a indústria redesenhe frotas inteiras.

O acordo, que acontece ao final de duas semanas de negociações na Organização Marítima Internacional (OMI) da ONU, reduzirá as emissões em "ao menos 50%" em relação aos níveis de 2008.

Alguns países, como as Ilhas Marshall, ameaçadas pelo aumento do nível das águas e um país importante no embandeiramento de barcos, queriam um acordo mais ambicioso, e a União Europeia aspirava inclusive a uma redução de entre 70% e 100%.

Mas o acordo foi amplamente saudado pelas partes.

"É um acordo inovador, um acordo de Paris para o transporte marítimo", disse o secretário-geral da Câmara Internacional de Transporte Marítimo, Peter Hinchliffe.

"Temos certeza de que isto dará à indústria naval o sinal claro que necessitava para seguir em frente com o trabalho de desenvolver combustíveis de dióxido de carbono zero", acrescentou.

A presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, também elogiou o acordo.

"Hoje a OMI fez história. Embora talvez não seja suficiente para dar ao meu país a certeza que queria, deixa claro que o transporte marítimo internacional agora reduzirá urgentemente as emissões e desempenhará seu papel em dar ao meu país uma via para a sobrevivência", disse em um comunicado.

Maersk, a maior companhia marítima de contêineres do mundo, reagiu na rede social Twitter: "Pressionávamos para chegar a objetivos mais altos, mas continua sendo um grande passo que a OMI busque reduzir pela metade os gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo até 2050".

O transporte marítimo e a aviação não estão cobertos pelo Acordo contra as mudanças climáticas da ONU, assinado em Paris em 2015.

O setor da aviação alcançou um plano de emissões há dois anos, mas a navegação demorou mais, já que sua dependência das embarcações de longa distância que funcionam com combustível bunker fazia com que a redução lhe resultasse mais difícil.

O transporte marítimo representa cerca de 2% das emissões mundiais de dióxido de carbono, e esta porcentagem podia ter aumentado até 15% se o problema não fosse abordado, segundo o Banco Mundial.

A organização Rede de ação climática saudou o acordo desta sexta-feira como "um primeiro passo bem-vindo".


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