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Estado de Minas

Superávit comercial da China com EUA aumenta em plena crise comercial


postado em 13/04/2018 09:18

O superávit comercial da China com os Estados Unidos, que está no centro das divergências entre os dois países, voltou a subir no primeiro trimestre, apesar do gigante asiático ter registrado um raro déficit no conjunto do comércio exterior em março.

O desequilíbrio do comércio entre as duas maiores potências econômicas mundiais se agravou no primeiro trimestre, com um aumento do superávit chinês de 19,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A situação registrou uma aceleração: em 2017 a alta no superávit chinês foi de 10%, com o valor recorde de 275,8 bilhões de dólares, de acordo com os dados de Pequim (375,2 bilhões, segundo Washington).

O presidente americano Donald Trump critica o déficit colossal de seu país, que atribui práticas comerciais "desleais" do regime comunista. Ele exige de Pequim uma redução de 100 bilhões de dólares.

O fantasma de uma guerra comercial se aproximou na semana passada com a ameaça de Washington de adotar tarifas de 150 bilhões de dólares às importações de produtos chineses, enquanto Pequim anunciou medidas de represálias proporcionais.

"Não buscamos deliberadamente o excedente comercial, a situação atual reflete o estado do mercado, a divisão das estruturas econômicas e a competitividade industrial diferente", disse Huang Songping, porta-voz da Alfândega chinesa.

"A China espera que os Estados Unidos escutem a voz da razão e do pragmatismo", completou Huang, antes de recordar que Pequim "não deseja" uma guerra comercial.

Washington é o segundo maior sócio comercial da China, depois da União Europeia (UE): o intercâmbio comercial entre os dois países aumentou 13% no primeiro trimestre, a 142 bilhões de dólares.

- Déficit efêmero -

O excedente chinês com os Estados Unidos caiu a 15,4 bilhões de dólares em março, uma contração na comparação com os 21 bilhões de fevereiro, e de 12% em relação a março de 2017, segundo as estatísticas oficiais.

Ao mesmo tempo, a China registrou em março um inesperado déficit de 4,98 bilhões de dólares para o conjunto de seu comércio exterior, depois de um excedente de 33,7 bilhões de dólares em fevereiro.

Esta é a primeira vez desde fevereiro de 2017 que o país registra um déficit do comércio exterior.

A mudança na balança comercial é explicada pela queda imprevista das exportações chinesas, uma contração de 2,7% na comparação com março do ano passado. Analistas entrevistados pela agência Bloomberg esperavam uma alta de 11,8%. O resultado ficou muito longe da alta de 44% do mês anterior.

Ao mesmo tempo, as importações chinesas cresceram 14,4% (contra 6,3% em fevereiro).

"O déficit comercial é um fenômeno efêmero, não uma nova norma", afirmou Iris Pang, analista do ING Groep.

Mas o cenário pode mudar, em caso de escalada de tensões comerciais, o que levaria o país a impor tarifas de importação.

Nos últimos dias, o tom foi mais conciliador. O presidente chinês Xi Jinping prometeu na terça-feira uma "China mais aberta" e uma redução das tarifas para os carros importados.

Mas na quinta-feira um porta-voz do ministério do Comércio chinês recordou que "nenhuma negociação" teve início com os Estados Unidos por "falta de "sinceridade" de Washington.

"Com a China temos discussões formidáveis", afirmou Trump, antes de repetir que serão adotadas tarifas por "50 bilhões de dólares, e depois por 100 bilhões. Sabe, em algum momento não terão mais munição".


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