A Rússia pediu nesta quinta-feira às potências ocidentais que reflitam seriamente sobre as consequências de suas ameaças de atacar a Síria em resposta a um suposto ataque químico governamental contra os rebeldes em Duma, cidade de Ghuta Oriental, perto de Damasco.
"Pedimos a todos os membros da comunidade internacional que reflitam seriamente sobre as consequências possíveis de tais acusações, ameaças e ações planejadas contra o governo sírio", declarou a porta-voz ministério russo das Relações Exteriores, María Zajárova.
Mais cedo, o Kremlin que o canal de comunicação entre militares russos e americanos sobre as operações na Síria, destinadas a evitar incidentes, está ativo, no momento em que o governo dos Estados Unidos ameaça atacar o regime de Damasco.
Este canal "se encontra ativo, e a linha é utilizada dos dois lados", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Essa conexão, cuja suspensão foi anunciada várias vezes nos períodos de tensão, tem um papel-chave para evitar os incidentes no terreno e no céu sírio.
Trata-se de uma linha telefônica especial entre o centro de comando das operações aéreas da coalizão, situado no Catar, e seu equivalente russo.
Além da linha telefônica, russos e americanos chegaram a um acordo para respeitar certas pautas em suas operações, como convenções nas frequências de rádio, necessárias nas trocas entre pilotos dos dois países.
Russos e americanos também usaram este canal para definir zonas consideradas muito sensíveis por um dos dois e onde qualquer intrusão seria considerada uma ameaça.
Liderados pelos Estados Unidos, os ocidentais ameaçaram o governo de Bashar al-Assad com ataques iminentes, após responsabilizá-lo por um suposto ataque químico no início de abril no bastião rebelde de Duma.