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Estado de Minas

Chancelaria mexicana chama sua embaixadora nos EUA por declarações de Trump


postado em 07/04/2018 21:00

A chancelaria mexicana chamou para consultas sua embaixadora nos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump ter insinuado que mulheres da caravana de migrantes centro-americanos foram estupradas durante sua passagem pelo território mexicano, informou o secretário do Interior.

Na quarta-feira, a Secretaria de Relações Exteriores chamou a embaixadora, Roberta Jacobson, "para que cite casos concretos em que houve supostos estupros a hondurenhas, dado que é parte de uma retórica agressiva", disse Alfonso Navarrete, secretário do Interior, na sexta-feira.

Na quinta-feira, em um discurso, Trump disse que "por onde essa viagem passa, as mulheres são estupradas em níveis que ninguém viu antes".

O presidente não esclareceu se estava se referindo às mulheres da caravana ou às migrantes em geral que passam pelo território mexicano a caminho dos Estados Unidos.

A caravana "Via-crúcis", que é realizada anualmente desde 2010, saiu em 25 de março de Tapachula, fronteira com a Guatemala, e fez uma primeira parada em Oaxaca, onde alguns de seus integrantes receberam vistos humanitários para transitar livremente pelo país durante 20 a 30 dias.

Depois fez escala em Puebla para receber assessoria legal sobre o processo de obtenção de status de refugiado no México ou nos Estados Unidos e, neste sábado, cerca de 100 pessoas se reuniram no emblemático monumento "Ángel de la Independencia" na Cidade do México, com cartazes de rechaço a Trump, antes de que alguns partissem em direção à fronteira com os Estados Unidos.

"Se nos expulsam, voltaremos. Não a Trump", dizia um dos cartazes que os migrantes colocaram no monumento, no centro da capital mexicana.

Mais tarde, os migrantes se colocaram em frente à embaixada dos Estados Unidos, com cartazes em que se lia "Parem as deportações" e "Fora Trump!".

A mobilização irritou Trump, que assinou uma ordem para enviar a Guarda Nacional à fronteira com o México, de mais de 3.000 km.

Enrique Peña Nieto, presidente do México, pediu a Trump que não descarregue sobre os mexicanos sua "frustração com assuntos de política interna".


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