Dois palestinos, um deles jornalista, morreram em decorrência de ferimentos sofridos na sexta-feira (6) por disparos do Exército israelense na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel - o que aumenta para nove o número de mortos no último dia de protestos.
Apesar das advertências israelenses, milhares de palestinos se concentraram perto da barreira de segurança que separa o território israelense do enclave palestino controlado pelo Hamas.
O saldo: nove manifestantes mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Quase 500 palestinos foram feridos a tiros.
Um dos mortos é o jornalista Yaser Murtaja, de 30 anos, ferido no confronto a leste de Khan Yunis, no sul do território, segundo o Ministério.
A agência para qual trabalhava, a Ain Media, com sede em Gaza, confirmou a morte do repórter. O Exército israelense ainda não comentou o episódio.
Em um vídeo gravado durante o trajeto de Murtaja para um centro de atenção médica, é possível observar um colete escrito "PRESS" (imprensa).
O sindicato de jornalistas palestinos afirmou que outros cinco repórteres - todos identificados pelo colete - ficaram feridos na sexta-feira.
Em sua conta no Twitter, a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) manifestou seu pesar pela morte do jornalista.
O Ministério da Saúde de Gaza também anunciou a morte de um homem de 20 anos, Hamza Abdel Aal, ferido na sexta-feira.
Não houve vítimas israelenses durante os protestos.