Jornal Estado de Minas

Pedida intervenção do CICV no sequestro de equipe de imprensa equatoriana

Os familiares dos três funcionários do jornal "El Comercio" de Quito, sequestrados por guerrilheiros colombianos dissidentes, pediram em uma carta a intervenção "humanitária" do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para sua libertação.

O pedido por escrito, datado em 4 de abril, foi enviado ao escritório do CICV em Bogotá, disse à AFP nesta quinta-feira (5) Cristian Segarra, filho de um dos sequestrados.

A carta foi apresentada por meio da Fundamedios, uma ONG equatoriana que defende a liberdade de imprensa e que apoia as famílias dos três homens, sequestrados em 26 de março na localidade costeira de Mataje (limítrofe com a Colômbia).

O documento está assinado por um representante de cada família dos três reféns - o fotógrafo Paúl Rivas, o repórter Javier Ortega e o motorista Efraín Segarra - sequestrados por um grupo vinculado com o tráfico de drogas que se afastou do processo de paz com a outrora guerrilha comunista na Colômbia.

Os três foram pegos como reféns enquanto faziam uma reportagem.

"Autorizamos e solicitamos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que atue como organismo humanitário no caso do sequestro dos cidadãos equatorianos e trabalhadores da Comunicação", diz o texto.

A carta inclui uma descrição do que ocorre na zona limítrofe com a Colômbia, onde ataques incomuns à força pública têm sido executados desde janeiro, e que cobraram a vida de três soldados e deixaram 43 feridos entre policiais e civis.

Desde que uma emissora colombiana divulgou na terça-feira um vídeo dos sequestrados presos, não houve novos relatos sobre sua situação.

As imagens comoveram o país e foram rechaçadas pelo governo equatoriano.

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