Uma equipe de imprensa sequestrada na semana passada na fronteira com a Colômbia pediu ao governo do Equador que alcance um acordo com os sequestradores, em um vídeo exibido pelo canal colombiano RCN na madrugada de terça-feira.
A gravação é a primeira prova de vida do jornalista, do fotógrafo e do motorista do jornal El Comercio, um dos mais influentes do Equador, sequestrados por supostos guerrilheiros colombianos dissidentes.
O vídeo de 23 segundos mostra o repórter Javier Ortega (32 anos), o fotógrafo Paúl Rivas (45) e o motorista Efraín Segarra (60) abraçados, com algemas e correntes no pescoço.
Um dos reféns pede ao governo do presidente equatoriano Lenín Moreno um acordo para a libertação.
No vídeo é possível ouvir a exigência dos sequestradores - não identificados - de uma troca por "seus três detidos" no Equador para que sigam "sãos e salvos" a seu país e o fim da cooperação antiterrorista com a Colômbia.
A RCN não revelou como obteve o vídeo, nem a data ou local da gravação.
Na quinta-feira, o governo equatoriano informou que estava em negociações para obter a libertação da equipe de imprensa.
Ortega e os dois colegas realizavam reportagens na fronteira com a Colômbia, onde as autoridades dos dois países perseguem guerrilheiros que se afastaram do processo de paz com as já dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O exército colombiano apontou os dissidentes comandados pelo equatoriano Walter Artízala, conhecido como Guacho, como responsáveis pelo primeiro sequestro de jornalistas equatorianos em décadas.
Os grupos dissidentes estão envolvidos com o narcotráfico e mineração ilegal, segundo os dois governos.