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Estado de Minas

'Vi um homem muito exaltado que gritava Alá Akbar': pesadelo terrorista volta à França


postado em 23/03/2018 20:18

"Vi um indivíduo muito exaltado que tinha uma pistola, uma faca e que gritava 'Alá Akbar' (Alá é grande)" explicou à AFP Christian Guibbert, ex-policial que estava entre os reféns de um novo atentado terrorista em um supermercado na França, nesta sexta-feira (23).

Ao menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas no ataque em um supermercado de Trèves, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

O agressor, Radouane Lakdim, um francês nascido no Marrocos, de 25 anos, "gritou às pessoas que estavam lá que se jogassem no chão. Já tinha uma pessoa caída, logo soubemos que estava morta", conta com tranquilidade o policial aposentado, que entendeu em seguida se tratar de um atentado. Ele lembra de ter escutado "cinco ou seis disparos".

Guibbert, de 64 anos, fazia compras por volta de 10H00 (06H00 de Brasília) no supermercado Super U de Trèbes, com sua mulher e sua cunhada, quando "ouvi detonações".

"Me aproximei para ver o que estava acontecendo", lembra. Foi quando viu o agressor com "uma arma curta e uma faca".

Estava "muito alterado", "muito revoltado". "Gritava 'Alá Akbar'. Gritou várias vezes".

"Eu estava a cinco metros", contou um guarda do supermercado, que prefere permanecer anônimo. "Disparou em mim duas vezes. Atirava mal", disse, destacando que nesses casos "não há tempo para pensar: se dá meia volta e se escapa".

"Evacuei o pessoal, passei-os para trás para afastá-los da área, umas 20 pessoas talvez. Não demorei", prosseguiu o homem que durante 22 anos serviu nas Forças Armadas.

- Escondidos no refrigerador -

Já Christian Guibbert levou sua mulher e cunhada "para um abrigo com as pessoas que estavam no entorno. Fiz eles entrarem em um refrigerador de açougue", disse. "Era um grande refrigerador. Para mim, estavam em segurança", destaca, estimando que essas pessoas ficaram dentro uma "boa meia hora" antes de serem evacuadas.

Com as pessoas dentro do refrigerador, Guibbert voltou e, escondido entre as gôndolas, ligou para a polícia. "Disse-lhes o que estava acontecendo. Dei a posição do homem e o que tinha nas mãos. Ele me viu. Acho que me viu quando eu telefonava".

"Correu atrás de mim com a faca, eu fugi e, quando voltei, não estava mais lá", disse. O aposentado conseguiu, então, "sair pela saída de emergência".

Do lado de fora, contou à polícia novamente a posição do agressor e o que tinha visto. As forças de segurança removeram-no e estabeleceram um perímetro de segurança.


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