Ao menos duas pessoas morreram nesta sexta-feira na tomada de reféns em um supermercado da localidade de Trèbes (sul da França), de acordo com um balanço provisório, informou à AFP uma fonte próxima à situação.
"Uma grande parte dos funcionários e clientes do Super U conseguiu escapar. Um oficial da gendarmeria de serviço está atualmente em contato com o agressor", acrescentou a fonte.
Um homem armado é o autor do crime. Promotores tratam o episódio como um possível ataque terrorista.
A polícia tática já tomou posições no entorno do supermercado, onde está o suspeito, disseram autoridades.
O premiê francês, Édouard Philippe, acredita que "a situação é séria". Ele afirmou nesta sexta-feira que tudo leva a crer que se trata de "um ato terrorista".
O prefeito da pequena cidade no sul da França afirmou que há duas "vítimas" no incidente, sem dar detalhes. Os promotores de contraterrorismo da França assumiram o controle da investigação.
Há relatos da imprensa local, não confirmados oficialmente, de que o autor do ataque teria dito que tem conexões com o grupo extremista Estado Islâmico.
Segundo uma fonte ligada aos investigadores no local, um "marroquino radicalizado" é o homem que tomou os reféns.
Uma testemunha disse que o homem gritou "Alá Akbar" ao entrar no estabelecimento, segundo uma fonte das forças de segurança.
As autoridades locais anunciaram no Twitter que a área estava isolada e pediram à população que "facilite o acesso às forças de segurança".
O carro do atirador foi encontrado no estacionamento do supermercado de Trèbes e há suspeita de que seja o mesmo usado em um ataque contra um policial francês, ferido a tiro mais cedo na vizinha Carcassonne.
Se o vínculo com o EI for confirmado, este ataque seria o primeiro desta dimensão desde a eleição do presidente Emmanuel Macron em maio do ano passado.
A tomada de reféns acontece com a França ainda em estado de alerta, após a série de atentados desde o ataque contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo em janeiro de 2015, que deixou 12 mortos.
A onda de atentados extremistas deixou 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. Vários ataques ou tentativas de ataques apontaram contra militares ou policiais.
Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press