Os chefes de Estado europeus decidiram chamar para consultas o embaixador da União Europeia na Rússia pelo ataque com gás nervoso contra um ex-espião russo em solo britânico, que Londres atribui à Moscou, indicou uma fonte europeia na madrugada desta sexta-feira.
"Os líderes acordaram retirar o embaixador da UE de Moscou para consultas", disse à AFP esta fonte, que classificou a ação como "uma demonstração de intenções". Os mandatários consideraram também "muito provável" que Moscou esteja por trás do ataque, o que a Rússia nega.
Segundo a fonte europeia, alguns países da União Europeia consideram expulsar diplomatas russos, como fez o Reino Unido.
"Alguns países estão estudando a possibilidade de expulsar diplomatas russos ou de chamar seus diplomatas nacionais para consultas", indicou a fonte, ao final do dia de trabalho dos líderes europeus na cúpula de Bruxelas.
Ao chegar à cúpula, a primeira-ministra britânica, Theresa May, advertiu para a "ameaça russa" que "não respeita fronteiras" e "faz parte de um padrão de agressão contra a Europa e seus vizinhos próximos".
Desde o ataque de 4 de março contra Serguei Skripal e sua filha, Yulia, considerado o primeiro uso de um agente neurotóxico nas ruas da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, Londres e Moscou travam uma dura guerra de declarações.