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Estado de Minas

Líderes europeus exigem proteção de dados de cidadãos após escândalo do Facebook


postado em 22/03/2018 18:30

Os líderes europeus pediram nesta quinta-feira (22) às empresas digitais para que garantam "uma proteção total da vida privada" dos cidadãos, em pleno escândalo sobre o uso de dados de milhões de usuários do Facebook.

"As redes sociais e as plataformas digitiais devem garantir práticas transparentes e uma proteção total da vida privada e dos dados pessoais dos cidadãos", assinalaram os 28 em uma declaração comum no primeiro dia de uma cúpula em Bruxelas.

"As legislações europeia e nacional devem ser respeitadas", acrescentaram os líderes do bloco comunitário.

O Facebook está no meio de uma polêmica depois de ter sido revelado que uma empresa britânica, a Cambridge Analytica, usou os dados particulares de 50 milhões de usuários da popular rede social - sem a autorização destes - para fins eleitorais.

O presidente do Parlamento europeu, Antonio Tajani, convidou o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, a se explicar ante os eurodeputados, que querem realizar uma investigação sobre esta "violação inaceitável dos direitos à confidencialidade de dados".

"Queremos saber se durante as eleições americanas e durante o referente sobre o Brexit foram usados dados para influenciar na posição dos cidadãos", disse Tajani nesta quinta-feira em Bruxelas.

As autoridades encarregadas da proteção de dados nos países da UE ofereceram seu apoio nesta investigação aberta pelo regulador britânico sobre os dados da Cambridge Analytica.

A comissária europeia de Justiça, Vera Jourova, assinalou que o uso abusivo desses dados pessoais constitui uma "ameaça contra a democracia".

"Isso coloca em dúvida a liberdade das decisões eleitorais", declarou ante a imprensa em seu retorno de uma viagem aos Estados Unidos.

No dia anterior havia advertido que um escândalo similar ao protagonizado pelo Facebook poderia custar "muito caro" a partir de maio, quando entrará em vigor um novo regulamento europeu de proteção de dados pessoais.

Quebrando o silêncio que mantinha desde o início da crise, a pior vivida pela jovem empresa, Zuckerberg se desculpou pelos erros cometidos por meio de um comunicado na quarta-feira.

"Tratou-se de um abuso de confiança muito importante e estou penalizado", declarou à emissora CNN, acrescentando que estaria disposto a prestar depoimento ante o Congresso americano.


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