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Estado de Minas

Aliados de Putin celebram reeleição, Ocidente mantém prudência


postado em 19/03/2018 13:06

Os aliados tradicionais da Rússia celebraram nesta segunda-feira (19) a inequívoca reeleição do presidente russo, Vladimir Putin, enquanto os países do Ocidente se mostraram mais comedidos em suas reações, lembrando os vários pontos de fricção com Moscou.

Em Berlim, o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que ela felicitava Putin e, ao mesmo tempo, mencionava suas divergências.

"Vai lhe escrever um telegrama muito em breve (...) e acredito que, naturalmente por ocasião dessas felicitações, tratará dos desafios da relação germano-russa", disse Steffen Seibert.

O porta-voz mencionou as "diferenças de opinião com a Rússia" sobre Ucrânia e Síria, mas ressaltou a importância de não "romper o fio do diálogo com os dirigentes do Estado russo".

Já a União Europeia criticou irregularidades na eleição, as quais foram denunciadas por observadores.

Nessa mesma linha, a Polônia considerou "ilegal" a eleição presidencial russa organizada na Crimeia.

"Estamos a favor de que se respeite a integridade territorial da Ucrânia e reconhecemos a Crimeia como uma parte do Estado ucraniano. Isso também significa que a eleição presidencial realizada pelas autoridades da Federação Russa na península não pode ser considerada como legal", afirmou o Ministério polonês das Relações Exteriores em um comunicado.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que falou com Putin, desejou-lhe nesta segunda "sucesso na modernização política, democrática, econômica e social do país" e insistiu em que "a cooperação entre Europa e Rússia (...) beneficia ambos os países", revela comunicado divulgado pela Presidência.

Na mesma conversa, Macron pediu à Rússia que "esclareça as responsabilidades relacionadas com o inaceitável ataque" com um agente tóxico sofrido por um ex-espião russo e por sua filha na Inglaterra em 4 de março passado.

O presidente chinês, Xi Jinping, acolheu a reeleição de Putin, assegurando que seu país "está pronto para trabalhar com a Rússia, com o objetivo de continuar melhorando as relações sino-russas [e promover] a paz mundial".

Em Damasco, o presidente sírio, Bashar al-Assad, elogiou Putin - seu maior apoio internacional -, que cuida "dos interesses da Rússia com a maior competência e lealdade", segundo um comunicado do governo sírio citado pelo Kremlin.

No Irã, o presidente Hassan Rohani também felicitou Putin por sua "vitória decisiva".

"Estou certo de que, em seu novo mandato, as relações entre nossos dois países crescerão cada vez mais", escreveu o presidente, em uma mensagem destinada ao colega russo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também celebrou a reeleição de Putin.

"Rússia e Venezuela se tornaram países irmãos" que devem "encarar as frequentes manobras do imperialismo" para "impor doutrinas de supremacia mundial", afirmou, segundo um comunicado da Chancelaria.

No Cairo, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, saudou a vitória de Putin e elogiou "as relações estratégicas compartilhadas" por Rússia e Egito "e sua vontade de desenvolvê-las ainda mais".

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também falou com Putin por telefone.

"Ambos os dirigentes confirmaram sua estreita cooperação para conseguir a desnuclearização da Coreia do Norte", segundo um comunicado oficial.

Os dirigentes de Cuba e de vários países da antiga URSS, entre eles Uzbequistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Azerbaijão, Armênia, Bielo-Rússia e Moldávia saudaram a vitória do presidente russo.

O rei Salman da Arábia Saudita lhe dedicou uma breve mensagem de felicitação.


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