Os Estados Unidos e a China, em disputa sobre a questão do aço, "mostraram seus dentes" nas negociações do comunicado final da reunião do G20 iniciada nesta segunda-feira em Buenos Aires, informaram fontes próximas às negociações à AFP.
"A declaração final deve reconhecer que há tensões comerciais", destacaram essas fontes, faltando quatro dias para a entrada em vigor da tarifação de 25% sobre as importações de aço dos Estados Unidos e 10% sobre o alumínio.
As tarifas foram decididas pelo presidente Donald Trump, que se queixa de que a China não reduz sua superprodução de aço, violando seu compromisso no G20.
"A declaração não tentará ocultar essas tensões, mas deve ressaltar que uma solução conjunta ainda é a melhor opção", disseram as fontes.
Antes da declaração ser publicada na terça-feira após a reunião, "a China e os Estados Unidos mostraram seus dentes" e não foi possível evitar tensões no texto final, indicaram.
Neste contexto, os ministros das finanças e os presidentes dos bancos centrais das principais economias mundiais devem evitar mencionar a palavra "protecionismo", um termo proibido desde a chegada de Trump à Casa Branca.
Em vez disso, deve-se utilizar a formulação "inward looking policies" ou "políticas orientadas internamente".
A expressão, sugerida pela diretora do FMI Christine Lagarde, segundo fontes da AFP, mostra as dificuldades do G20 em chegar a um consenso.