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Estado de Minas

Putin se encaminha para quarto mandato e oposição denuncia fraudes


postado em 18/03/2018 16:00

O presidente russo, Vladimir Putin, foi reeleito neste domingo (18) com 73,9% dos votos, de acordo com as pesquisas de boca de urna realizadas pelo instituto estatal de pesquisas VTsIOM.

Putin, que conquista o quarto mandato e poderá permanecer no poder até 2024, foi seguido pelo candidato comunista Pavel Grudinin, que teria conseguido 11,2% e o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, com 6,7%.

As seções eleitorais fecharam neste domingo em Moscou e nas grandes cidades da Rússia, onde Vladimir Putin se encaminha a um quarto mandato após um dia marcado por acusações de fraude formuladas pela oposição.

O presidente russo, de 65 anos e no poder desde o ano 2000, ao que tudo indica obterá seu quarto mandato até 2024. A oposição o acusou de inflar os números de participação com métodos fraudulentos para legitimar eleições sem nenhum suspense.

Pouco depois das 16H00 GMT (13H00 horário de Brasília), a menos de duas horas do fechamento das urnas, a participação era de 59,5%, segundo a Comissão Eleitoral. Esta seria maior do que a registrada na mesma hora em 2012, quando Putin retornou ao Kremlin após sua passagem pelo posto de primeiro-ministro.

El principal opositor, Alexei Navalni, afastado das eleições por uma condenação judicial, acusou o Kremlin de aumentar artificialmente a mobilização nas urnas ou organizando o transporte em massa de eleitores aos centros de votação.

"Precisam de participação. O resultado é que a vitória de Putin com mais de 70% [dos votos] foi decidido de antemão", disse Navalni à imprensa, assegurando que a participação real era inferior à de 2012.

A ONG Golos, especializada em observação de eleições, ofereceu um mapa das fraudes em seu site, o qual denunciava às 17H00 GMT (14H00 horário de Brasília) 2.472 irregularidades como, votos repetidos e obstáculos ao trabalho dos observadores

A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, considerou "que não havia tantas irregularidades".

A equipe de campanha de Putin anunciou 200 irregularidades. O porta-voz, Andrei Kondrachov, disse "que houve provocações (...) destinadas a desacreditar as eleições.

As autoridades fizeram uma campanha de informação e estímulo ao voto fora das circunscrições de residência, mas também, segundo a imprensa, pressionando funcionários e estudantes para que votassem.

Segundo militantes da oposição, a polícia transportou eleitores de ônibus para os centros de votação e distribuíram cupons de desconto entre os eleitores.

- Estabilidade -

O grande ausente na eleição é o principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalni, o único que consegue mobilizar dezenas de milhares de pessoas, mas que foi impedido de participar da eleição em razão de uma condenação judicial, que ele aponta como tendo sido arquitetada pelo governo.

Navalni pediu um boicote à votação e enviou mais de 33 mil observadores para os locais de votação.

Putin é elogiado por ter restabelecido a estabilidade no país após a caótica década de 1990, embora, de acordo com seus detratores, em detrimento das liberdades individuais.

"Nos últimos quatro anos tivemos as sanções (ocidentais), mas também construímos muito, novas fábricas abriram, a inflação é baixa", explicou à AFP Olga Matiunina, uma eleitora de Putin, de 65 anos.

"Todo mundo sabe que ele será eleito. Já não dá vontade de ir votar e temos a sensação de que nada depende de nós", afirmou Boris, de 39 anos, entrevistado em São Petersburgo.

- Voto bloqueado na Ucrânia -

A última semana da campanha foi marcada por um novo pico de tensão entre Moscou e o Ocidente devido ao envenenamento na Inglaterra do ex-agente duplo Serguei Skripal e sua filha.

Moscou anunciou no sábado a expulsão de 23 diplomatas britânicos em represália por uma medida similar adotada por Londres.

Esta eleição é celebrada simbolicamente quatro anos após a ratificação da anexação da península da Crimeia pela Rússia, decidida após um referendo considerado ilegal por Kiev e pelas potências ocidentais.

Kiev bloqueou o voto dos eleitores russos estabelecidos na Ucrânia. Dezenas de policiais e militantes nacionalistas bloqueavam o acesso aos consulados russos em várias cidades neste domingo.


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