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Estado de Minas

'Assassino do laser' espera veredicto por ataque racista na Alemanha


postado em 21/02/2018 09:24

"O assassino do laser", um sueco que cumpre pena de prisão perpétua em seu país por uma série de ataques racistas, receberá nesta quarta-feira o veredicto de um tribunal alemão sobre o assassinato de mulher judia há 25 anos em Frankfurt.

O acusado, John Ausonius, tem agora 64 anos e cumpre a condenação na Suécia por ter atirado contra várias pessoas em 1991 e 1992, utilizando para isto um laser.

Os ataques, contra pessoas de origem estrangeira, deixaram um morto e vários feridos graves. O autor do massacre de Utøya, o norueguês Anders Breivik, que mato 77 pessoas em 2011, afirmou que Ausonius foi uma de suas fontes de inspiração.

Ausonius cumpria a condenação na Suécia depois de ter sido sentenciado à prisão perpétua em 1995, mas no fim de 2016 foi extraditado para a Alemanha para ser julgado pelo assassinato em fevereiro de 1992 de Blanka Zmigrod, uma judia de 68 anos que havia sobrevivido aos campos de concentração.

Zmigrod morreu ao receber um tiro na cabeça, mas os investigadores não conseguiram esclarecer se o caso teve motivação antissemita.

Na terça-feira, a acusação pediu pena de prisão perpétua por "assassinato com agravante", com o mínimo de 15 anos de pena irredutível.

A motivação do assassinato parece fútil: Ausonius estava convencido que a vítima havia roubado sua agenda eletrônica, que continha os números de suas contas bancárias, e desejava vingança.

Eles se encontraram em um hotel de Frankfurt, onde a vítima trabalhava.

No momento de pegar de volta seu casaco, Ausonius a acusou de ter roubado sua agenda eletrônica. A direção do hotel pediu ao sueco que deixasse o local.

Ausonius, que nega as acusações, teria então ameaçado Blanka Zmigrod.

John Ausonius, cujo nome verdadeiro é Wolfgang Alexander, nasceu na Suécia, filho de um suíço e de uma alemã. Era obcecado em parecer um "verdadeiro sueco": chegou tingir o cabelo de louro e a usar lentes de contato azuis.

De acordo com a imprensa, tinha transtorno de personalidade, um comportamento extremamente violento, especialmente com as mulheres, e assaltou vários bancos.

Interrompeu os estudos cedo e cumpriu o serviço militar, quando sua precisão como atirador chamou a atenção. Depois sobreviveu com pequenos trabalhos informais, antes de fazer fortuna especulando na Bolsa. Mas perdeu todo o dinheiro.

Segundo os investigadores, ele cometeu o assassinato de Frankfurt depois de fugir da Suécia após os ataques racistas. Retornou a Estocolmo no mesmo ano para tentar assaltar outro banco.


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