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Estado de Minas

Candidatos presidenciais independentes são definidos no México


postado em 19/02/2018 23:12

Uma ex-primeira-dama, um senador e um governador reuniram as mais de 860 mil assinaturas exigidas para se tornarem candidatos independentes à Presidência do México, ao concluir o prazo nesta segunda-feira. Ficaram de fora dezenas de aspirantes, incluindo a indígena María de Jesús Patricio "Marichuy".

Os que conseguiram as assinaturas são Margarita Zavala, esposa do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012); Jaime Rodríguez Calderón "El Bronco", governador licenciado (fora de função) do estado de Nuevo León; e Armando Ríos Píter, senador também de licença.

Esta figura estreará nas eleições gerais de 1º de julho, nas qual escolherão o presidente e renovarão as duas Câmaras do Congresso.

As assinaturas reunidas ainda devem passar por uma auditoria do Instituto Nacional Eleitoral e em 29 de março serão registrados os candidatos independentes para iniciar a campanha no dia seguinte.

- Chegar aos indecisos -

"Já estou na cédula (...) São mais de um milhão de assinaturas validadas em mais de vinte estados", disse à Radio Fórmula Zavala, que até alguns meses atrás era militante do conservador Partido Ação Nacional (PAN).

Zavala renunciou ao PAN em meio a uma disputa com o então líder do partido, Ricardo Anaya, que conseguiu a candidatura em uma frente com o Partido da Revolução Democrática (PRD) e Movimento Cidadania, uma aliança de direita-esquerda que, pela primeira vez, será testada nas presidenciais, após o êxito que a chapa obteve nas eleições estaduais.

Ríos Píter, ex-militante do PRI, aparece em último lugar nas pesquisas, mas acredita que pode melhorar. "Há mais ou menos 20%, 25% de indecisos, é preciso começar a trabalhar com eles", disse à Rádio Fórmula.

No domingo foram formalizadas as candidaturas dos maiores partidos: o esquerdista Andrés Manuel López Obrador em uma aliança liderada por seu partido, Morena; José Antonio Meade, do governista Partido Revolucionário Institucional; e Ricardo Anaya, pelo PAN-PRD-MC.

- "Traseiros" -

Mas "El Bronco" não se preocupa com seus adversários independentes. Ele está de olho nos líderes dos grandes partidos e, embora tenha apenas 5% das intenções de voto, assegura que tem tempo para ganhar a Presidência através de uma estratégia "face to face", lançando mão, sobretudo, das redes sociais.

"Estou acostumado a ir como os cavalos de corrida, atrás, isso é grandioso porque você vai vendo os erros dos outros para não cometê-los, e pode ver seu traseiro", diz à AFP Rodríguez, que fez parte de sua campanha para o governo a cavalo.

Outra diferença é que "eu não sou um ator, isto não é um concurso de talentos artísticos, e eles (os líderes) são atores", diz, vestindo calças, jaqueta de couro preto e botas marrons, este político que se gaba de ter nascido pobre. "Minha não sabe ler, nem escrever", comenta, orgulhoso.

- Roubar votos dos partidos -

Para o analista político Fernando Dworak, as candidaturas independentes têm potencial nas eleições locais, mas considera que não significarão "grande coisa na Presidência da República".

Enquanto isso, a firma Eurasia Group considera que, embora os independentes não serão competitivos, "poderiam roubar votos aos candidatos estabelecidos".

As pesquisas colocam à frente López Obrador, pela terceira vez candidato presidencial e em campanha permanente desde 2006, com Anaya e Meade disputando o segundo lugar e atrás deles os três independentes.

María de Jesús Patricio "Marichuy", apoiada pela ex-guerrilha do Exército Zapatista de Libertação Nacional e que reivindicava os direitos dos povos indígenas, ficou fora da disputa ao reunir apenas 23 mil assinaturas.


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