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Estado de Minas

América Latina deve manter portas abertas a refugiados, diz funcionário da ONU


postado em 19/02/2018 15:48

A América Latina e o Caribe devem manter suas portas abertas aos refugiados para atender o aumento de pedidos de refúgio na região, disse nesta segunda-feira (19) em Brasília o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

Grandi pediu aos delegados de 36 países a "não baixar a guarda" em um momento em que milhares de venezuelanos se veem obrigados a deixar seu país por conta da aguda escassez de alimentos e remédios.

"Os parabenizo por manterem abertas suas fronteiras e dar proteção aos que fogem de dentro e fora da região, e lhes animo a não baixar a guarda, especialmente agora, quando o número de solicitantes da condição de refugiados está aumentando", assinalou na abertura de uma reunião sobre proteção de migrantes em Brasília.

Acolher os deslocados "é uma contribuição para a estabilidade regional e global", destacou o funcionário da ONU.

A crise da Venezuela afundou a potência petroleira regional em uma catástrofe financeira e política que isolou o presidente Nicolás Maduro, cujo governo é qualificado de "ditadura" por Estados Unidos e Colômbia.

A Colômbia reportou no mês passado que mais de meio milhão de venezuelanos entraram legal ou ilegalmente no país, fazendo com que o Brasil reforçasse a presença militar e declarasse estado de emergência social em Roraima para atender os 40 mil venezuelanos instalados em Boa Vista, equivalentes a 10% de sua população.

Enquanto a Argentina afrouxou seus requisitos de imigração para os cidadãos do país caribenho, 14 nações da região pediram a Caracas que habilite "um corredor humanitário" para ajudar a aliviar o desabastecimento de bens e serviços vitais.

Durante seu discurso, Grandi disse que há 66 milhões de deslocados pelos conflitos no mundo, incluindo 24 milhões de refugiados. "Um número sem precedentes desde a crise dos anos 1990 que seguiu o fim da Guerra Fria", apontou.

O funcionário da ONU se encontrou com o presidente Michel Temer no primeiro dos dois dias de atividade da "Reunião de Consulta de América Latina e Caribe como Contribuição Regional para o Acordo Global sobre Refugiados".


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