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Estado de Minas

Filho de ecologista morto na prisão no Irã denuncia ameaças à família


postado em 15/02/2018 08:36

O filho de Kavous Seyed Emami, um ecologista iraniano-canadense que morreu na prisão, afirmou que sua família havia sido ameaçada pelas autoridades do Irã antes da morte do pai e que o vídeo de seu "suicídio" não é "conclusivo".

O governo iraniano acusa Kavous Seyed Emami, um acadêmico renomado e diretor da Fundação para a Fauna Persa, de fazer parte de uma rede de espionagem que trabalharia para o Mossad israelense e a CIA americana.

As autoridades garantem que Emami, detido em janeiro junto com outros sete membros de sua fundação, suicidou-se em sua cela na semana passada. O procurador-geral de Teerã, Abas Jafari Dolatabadi, afirmou na quarta-feira que a necropsia do acadêmico confirmava o suicídio.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, ordenou a um comitê de quatro membros, entre eles os ministros do Interior e de Inteligência, que investigue os "acontecimentos desagradáveis ocorridos em certos centros de detenção" e que elabore um informe sobre "as eventuais infrações, ou faltas", informou a agência de notícias Isna.

Em sua página oficial on-line, o filho do ambientalista, Ramin Emami, um conhecido músico, afirmou que sua mãe foi "interrogada e ameaçada" na sexta-feira antes de lhe informarem a morte de seu marido.

Um tribunal local "convocou minha mãe e lhe disseram que comparecesse para se encontrar com seu marido", escreveu.

"Em vez disso, eles a interrogaram e ameaçaram-na durante três horas antes de anunciar a morte de seu marido e de lhe fazer assinar um documento para que não falasse com a imprensa", assegurou.

Ramin Emami também disse ter visto o vídeo que mostra seu pai na cela e que as autoridades apresentam como prova de seu suicídio.

"Devo dizer que não há nada conclusivo, porque não se veem no vídeo as circunstâncias da morte", acrescenta.

"Tudo o que consegui ver é que meu pai estava muito nervoso. Não estava em seu estado normal", completou.

Na gravação, vê-se Emami entrando em outro cômodo que as autoridades apresentaram como o banheiro.

"Sete horas depois, seu cadáver saía do quarto. O pedido dos advogados de ver a cela foi rejeitado. Apresentamos um pedido imediatamente", acrescentou.


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