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Estado de Minas

Neve dificulta investigação sobre queda de Antonov na Rússia


postado em 12/02/2018 15:00

Autoridades russas prosseguiam nesta segunda-feira - em condições difíceis, devido à densa camada de neve - com a investigação sobre as causas da queda de um avião comercial neste domingo perto de Moscou, que provocou a morte dos 71 ocupantes.

Centenas de homens uniformizados vasculhavam vários hectares cobertos de neve, em busca de corpos ou restos do avião. A área também era percorrida por veículos e sobrevoada por helicópteros.

Autoridades russas indicaram que estudam todas as hipóteses como possíveis causas, citando as condições climáticas, fator humano ou possível problema técnico, mas não mencionaram a pista terrorista.

O Antonov An-148 caiu perto da capital russa, após decolar do aeroporto de Domodedovo rumo a Orsk, nos Urais, fronteira com o Cazaquistão. Ele desapareceu dos radares às 14h48 locais deste domingo, quatro minutos após a decolagem, e caiu no distrito de Ramensky, a 70km de Moscou, perto do povoado de Stepanovskoye.

"O tempo estava muito nublado e a neve caía com força. Quando o avião caiu, vimos uma enorme bola de fogo surgir no local, achamos que fosse um meteorito", contou à AFP Tatiana Yukova, que assistiu à tragédia da janela de sua casa.

"Ficou demonstrado que o aparelho estava inteiro no momento da queda, que não havia se incendiado, e que a explosão ocorreu apenas após a queda", informa um comunicado do Comitê de Investigação.

A lista de vítimas divulgada por autoridades inclui dois estrangeiros - de Azerbaijão e Suíça - e três crianças. A maioria dos passageiros era originária da região de Orenburgo, onde fica Orsk. O governador da região decretou um dia de luto nesta segunda-feira.

- Sem problema técnico -

Uma investigação foi aberta formalmente para identificar possíveis violações das normas de segurança, anunciou o Comitê de Investigação russo. Seus agentes começaram a interrogar ontem funcionários da Saratov Airlines, funcionários do aeroporto que preparam o avião para a decolagem e controladores aéreos. Não foi detectado nenhum problema técnico antes da partida do avião, segundo o Comitê.

Uma caixa-preta contendo dados do voo foi encontrada ontem. Os corpos estão "em tal estado que será preciso realizar testes de DNA para identificar as vítimas", indicou o ministro dos Transportes, Maxim Sokolov, assinalando que a tarefa poderia "levar entre dois e três meses".

O Antonov-148 estava em operação desde 2010, segundo a Saratov Airlines. A companhia decidiu suspender temporariamente os voos com este modelo, que tem capacidade para 85 passageiros e autonomia de 3.500 km.

A Saratov Airlines usa principalmente aviões Antonov ou Yakovlev. A empresa, que não se envolvia em um acidente fatal desde o fim da URSS, em 1991, tem como principais destinos cidades da província russa, bem como capitais do Cáucaso.

O presidente Vladimir Putin cancelou uma viagem prevista para hoje até Sochi, sul do país, onde receberia o presidente palestino, Mahmud Abas, indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pelas agências russas. A reunião vai acontecer em Moscou.

O último acidente fatal com um avião em território russo remontava a dezembro de 2016, quando um aparelho militar Tu-154 caiu logo após a decolagem em Adler, quando se dirigia à base aérea russa de Hmeimim, na Síria. Entre as vítimas estavam mais de 60 membros do Exército Vermelho.


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