Jornal Estado de Minas

Para EUA, resultado de eleições de 2017 em Honduras não foi contestado

Observadores internacionais das eleições presidenciais de novembro passado em Honduras expressaram "preocupações" por denúncias de irregularidades, mas o resultado não foi contestado, disse nesta sexta-feira um alto funcionário do Departamento de Estado americano.

O subsecretário de Estado adjunto para o Hemisfério Ocidental, Francisco Palmieri, admitiu que a Organização dos Estados Americanos (OEA) "identificou preocupações sobre o processo eleitoral, e a União Europeia (UE) também".

No entanto, apontou o funcionário, "no fim das contas a conclusão foi que o resultado eleitoral não foi questionado, e por isso os Estados Unidos avançaram, como muitos outros países do continente, em reconhecer os resultados".

Nessa eleição, o presidente Juan Orlando Hernández foi reeleito ao derrotar por uma pequena margem Salvador Nasralla, em meio a denúncias de fraude generalizadas que provocaram distúrbios no país, com cerca de 30 mortos e centenas de detidos.

A missão enviada pela OEA, liderada pelo ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga, emitiu um informe onde apontou que não era possível "ter certeza sobre quem foi o ganhador da eleição presidencial".

Diante deste informe, em 17 de dezembro o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, emitiu uma extensa nota oficial apoiando as conclusões da Missão Observadora e concluindo que era necessário "um novo chamado a eleições gerais".

No entanto, em 22 de dezembro o Departamento de Estado emitiu uma nota parabenizando Hernández por sua vitória, embora tenha pedido um "robusto diálogo nacional" na sociedade hondurenha para evitar acontecimentos violentos.

Finalmente, em 22 de janeiro o gabinete de Almagro apontou que a Secretaria-Geral da OEA tinha a "firme intenção de trabalhar no futuro com as autoridades eleitas de Honduras".

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