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Estado de Minas

Exército egípcio anuncia operação 'antiterrorista' no Sinai


postado em 09/02/2018 15:00

Uma operação antiterrorista foi colocada em andamento na península do Sinai e em algumas regiões do Delta do Nilo, no norte do Egito - anunciou o Exército egípcio nesta sexta-feira (9).

Batizada "Sinai 2018", a operação também acontece no deserto ocidental, na fronteira com a Líbia, e provocou o fechamento da fronteira com a Faixa de Gaza.

As forças de segurança lançaram pela manhã uma operação "para enfrentar (...) organizações terroristas e criminosas", anunciou o porta-voz do Exército, Tamer el-Refai, em um discurso transmitido pela televisão.

A operação está destinada a "reforçar o controle das zonas fronteiriças (...) e realizar os objetivos planejados para limpar as zonas, onde estão os focos terroristas".

O Exército e a Polícia declararam "estado de alerta máximo" nessas áreas, informaram as Forças Armadas em um comunicado.

Desde a destituição em 2013 pelo Exército do presidente islâmico Mohamed Mursi, as forças egípcias enfrentam grupos extremistas do Sinai, incluindo a facção egípcia do Estado Islâmico (EI). Centenas de policiais e soldados morreram nos confrontos.

O EI reivindicou numerosos ataques contra as forças egípcias, mas também contra civis. O estado de emergência no norte do Sinai está vigente há anos.

Paralelamente, o ministério do Interior anunciou outra operação, dirigida neste caso contra Hassam, um grupo considerado pelas autoridades como "o braço armado da Irmandade Muçulmana".

Três jihadistas foram mortos e 14 foram presos nas operações contra Hassam, que planejava realizar ataques durante a campanha eleitoral no próximo mês, também de acordo com as autoridades.

A violência extremista islâmica também atingiu turistas e igrejas.

Em dezembro de 2016, um atentado suicida contra uma igreja do Cairo, próxima à catedral de São Marcos, sede do papa da igreja copta ortodoxa, Tawadros II, deixou 29 mortos.

Em abril, outros dois atentados contra duas igrejas de Tanta e Alexandria (norte) causaram 45 mortos.

Em maio, ao menos 28 pessoas, entre elas muitas crianças, morreram no ataque a um ônibus que transportava peregrinos a um monastério copta, na província de Minia, 200 km ao sul do Cairo.

Em 2015, 224 pessoas morreram a bordo de um avião comercial russo. A aeronave explodiu no deserto do Sinai.

O jornal New York Times assegurou esta semana que a aviação israelense tem conduzido há mais de dois anos ataques de precisão no Sinai contra alvos extremistas.

O Estado Maior egípcio negou essas alegações, enquanto o israelense preferiu não se pronunciar.

Em novembro, após um ataque terrorista contra uma mesquita que resultou em mais de 300 mortos, o presidente Abdel Fatah Al-Sissi ordenou que suas Forças Armadas restabelecessem a segurança no Sinai, estabelecendo um prazo de três meses.

Em 2015, um vídeo do Estado Islâmico, supostamente filmado em uma praia na Líbia, em que seus combatentes aparecem degolando 21 cristãos, provocou indignação na opinião pública.


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