A Eurocâmara pediu nesta quinta-feira uma ampliação das sanções europeias ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a seu entorno e à estatal PDVSA, ao mesmo tempo que exigiu a restituição do direito dos políticos opositores a participar na próxima eleição presidencial.
Em uma resolução aprovada por 480 votos favoráveis, 51 contrários e 70 abstenções, os eurodeputados pedem a aplicação de sanções contra o presidente, o vice-presidente Tareck el Aissami e seu entorno, "parentes incluídos", por considerá-los "responsáveis pelo agravamento da crise".
A decisão foi anunciada horas depois do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter divulgado que a eleição presidencial antecipada acontecerá em 22 de abril, apesar do fracasso do governo e oposição em assinar um acordo que incluía a data e garantias para a a votação.
A resolução dos eurodeputados lamenta a decisão da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) de antecipar as eleições e a sentença do Tribunal Supremo de Justiça de proibir a participação de candidatos opositores.
A União Europeia (UE) "reconhecerá apenas eleições baseadas em um calendário eleitoral viával e acordadas no contexto de diálogo nacional com o conjunto de (...) partidos políticos, assim como com condições de participação equitativas, justas e transparentes".
Durante um debate na terça-feira, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediu "garantias para eleições livres, transparentes e confiáveis".
Em novembro, a UE aprovou o primeiro pacote contra a Venezuela, um embargo de armas e de material que poderia ser usado na "repressão interna". Em janeiro aprovou um veto aos vistos e o congelamento de ativos para sete altos funcionários do país, incluindo os presidentes do CNE e do Tribunal Supremo.
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