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Estado de Minas

Astro de "A Maldição da Casa Winchester" fala sobre armas e fantasmas


postado em 06/02/2018 10:54

O cenário do filme de terror "A Maldição da Casa Winchester" não é dos mais comuns: o australiano Jason Clarke encarna um psiquiatra fictício chamado em 1906 por Sarah Winchester, a herdeira da marca de armas com o sobrenome da família, para avaliar sua saúde mental e seu medo de fantasmas.

Com a britânica Helen Mirren como sua protagonista, "Winchester" é o mais recente filme a valorizar o gênero terror.

Para Jason Clarke, a história real de Sarah Winchester, que sentia que era perseguida pelos fantasmas das vítimas das pistolas e rifles fabricados por sua empresa, também é uma alegoria contar a violência das armas de fogo, que provocam 30.000 mortes por ano nos Estados Unidos.

"O controle de armas, os benefícios provocados, este é um debate recorrente", disse o ator de 48 anos sobre o filme que estreia esta semana na América do Norte e deve chegar aos cinemas brasileiros em março.

No longa-metragem, dirigido por Michael Spierig e Peter Spierig, o personagem de Clarke é viciado em ópio e luta contra os próprios demônios. Ele acredita que será capaz de declarar Sarah Winchester insana, mas suas noites começam a se tornar preocupantes e ele sente que está sendo manipulado.

Na cidade de San José, perto de San Francisco, a "Winchester Mystery House", um imóvel vitoriano excêntrico que Sarah Winchester havia construído para isolar os espíritos que a aterrorizavam, tem a fama de ser a casa mais mal assombrada do mundo.

A mansão de 160 cômodos, construída durante décadas sem planejamento, atualmente é uma atração turística popular, com seu labirinto de corredores, escadas que não levam a lugar nenhum, 2.000 portas - algumas delas que abrem sobre paredes, 47 chaminés, torres, etc.

Jason Clarke, que também está no drama racial "Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi", com distribuição do Netflix e indicado ao Oscar, conta que passou dois meses rodando o filme de maneira exaustiva na réplica da mansão em Melbourne, para depois acabar na casa verdadeira em San José.

"Quando tentei caminhar na casa, me perdi", disse, com um sorriso.

Os filmes de terror geralmente são destruídos pela crítica - as de "Winchester" são catastróficas -, mas muitas vezes conseguem ótimas bilheteria. O ator explica que para trabalhar neste gênero é necessária uma disciplina técnica particular, como a linguagem corporal ou o "timing".

Mas ele explica: "Prefiro aqueles com um pano de fundo inteligente, não apenas os filme 'gore', onde todos são assassinados".

Clarke é conhecido por papéis coadjuvantes em filmes independentes e grandes produções com uma "mensagem".

O australiano foi visto como um agente da CIA em "A Hora Mais Escura", de Kathryn Bigelow, foi o protagonista de "Planeta dos Macacos: O Confronto" e "Everest", além de ter participado da adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald "O Grande Gatsby", de Baz Luhrmann.

Cada vez mais solicitado, acaba de filmar "First Man", o próximo filme de Damien Chazelle ("La La Land" e "Whiplash").


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