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Estado de Minas

Alemanha se aproxima de acordo para novo governo


postado em 05/02/2018 20:30

Os conservadores de Angela Merkel e os social-democratas alemães conseguiram aproximar posições nesta segunda-feira (5), especialmente sobre a reativação do projeto europeu, visando chegar a um acordo e formar um governo que lhes permita tirar o país do bloqueio político em que se encontra.

No entanto, os dois grupos decidiram prolongar as negociações até terça-feira, data limite para alcançar um compromisso global, ou constatar seu fracasso - uma saída que afundaria a primeira economia europeia em uma crise política sem precedentes.

"Absolutamente precisamos do dia de amanhã", declarou um dos negociadores do Partido Democrata-Cristão (CDU), da chanceler, Daniel Günther.

Julia Klöckner, do entorno de Merkel, também assegurou que chegariam a uma conclusão na terça à noite.

Os democrata-cristãos negociam desde o início de janeiro com os social-democratas para tentar formar uma coalizão de governo.

As eleições legislativas de setembro não permitiram estabelecer uma maioria clara na Câmara dos Deputados.

Após as negociações desta segunda-feira, ao menos os dois grupos entraram em acordo sobre o tema europeu, relançado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em setembro.

"Finalizamos hoje as discussões sobre a Europa e (...) estamos dispostos a fazê-la avançar juntos", declarou o presidente do SPD, Martin Schulz.

Schulz assegurou que concluíram um compromisso "para um orçamento de investimento para a zona do euro", uma proposta de Macron.

Mas outros dois importantes temas para o SPD continuam sendo um problema: a reforma do sistema de seguro de saúde estatal e a regulamentação dos contratos de trabalho temporários.

Embora as cúpulas dos partidos cheguem a um acordo, deverão esperar o voto dos 440 mil afiliados ao SPD, o que durará várias semanas entre fevereiro e março.

Mas o partido está dividido. Muitos de seus membros dizem que Schulz não cumpriu com suas promessas de orientar o SPD para a esquerda e de não negociar com Merkel.

Vários social-democratas consideram um acordo com a chanceler uma sentença de morte.

Para tentar convencer, Schulz previu "reavaliar" a coalizão na metade do mandato, uma forma de colocar Merkel contra a parede antes de começar o governo e um gesto para a ala esquerdista dos social-democratas.

Se as negociações fracassarem, Merkel deverá decidir entre iniciar seu quarto mandato como chanceler à frente de um instável governo minoritário, ou aceitar a convocação de novas eleições, dois cenários inéditos na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial.


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