Jornal Estado de Minas

Morre 'Amar' Beanuda, figura histórica da luta pela independência da Argélia

Benmostefa Benauda, 'Amar', um dos últimos sobreviventes do "Grupo dos 22" militantes da independência argelina que decidiram em 1954 iniciar a luta armada contra a França, morreu nesta segunda-feira, anunciou a imprensa pública argelina.

De acordo com a agência estatal APS, Amar Benauda, "figura emblemática da Guerra da libertação nacional", morreu aos 93 anos em um hospital em Bruxelas. O seu corpo deve chegar na parte da tarde desta segunda em Argel, de acordo com a APS.

Em junho de 1954, em Argel, um grupo de 22 ativistas da independência, ex-membros da Organização Especial desmantelada em 1950 pela autoridade colonial francesa, decidiu lançar a luta armada, que começou em 1 de novembro de 1954, para obter independência de Argélia.

O grupo escolheu cinco deles, aos quais se juntou um sexto, para liderar a luta armada. Os seis se tornaram os líderes históricos da Frente de Libertação Nacional (FLN).

Apenas dois membros do grupo dos 22, Abdelkader Lamudi, nascido em 1925, e Othman Beluizdad, nascido em 1929, permanecem vivos.

Durante a guerra de independência, Benauda entrou em 1957 no Conselho Nacional da Revolução Argelina (CNRA), o 'parlamento' da FLN, e foi, entre outros, membro desde 1958 do comando operacional do Exército de Libertação Nacional (ELN) no leste do país.

Benauda participou na fase final das negociações de Evian (França), que levaram à independência da Argélia em 1962. Foi então adido militar no Cairo, Paris e Tunísia, bem como embaixador da Argélia na Líbia em 1979.

.