Consternado pela violência no Sudão do Sul, o governo americano restringiu nesta sexta-feira a venda de armas para este país, onde dezenas de milhares de pessoas morreram devido a uma guerra civil.
"Em resposta à contínua violência e brutalidade contra civis e trabalhadores humanitários, os Estados Unidos decretaram restrições sobre as transferências de armas ao Sudão do Sul", destacou a porta-voz do Departamento de Estado Heather Nauert, citando um comunicado dessa dependência.
Washington é o maior provedor de ajuda ao Sudão do Sul e julgou um papel-chave em sua independência do Sudão, em 2011.
No entanto, a paciência dos aliados estrangeiros do Sudão do Sul se desgastou depois de inúmeros esforços fracassados para conseguir a paz em um país que entrou no quinto ano de uma guerra que provocou massacres étnicos, estupros e outras atrocidades.
"Os Estados Unidos estão consternados pela violência no Sudão do Sul, que gerou uma das piores crises humanitárias da África", disse Nauert, e destacou que cerca de 1,5 milhões de pessoas estão à beira da fome apesar dos esforços de seu país e outros doadores.
Quatro milhões de pessoas se viram obrigadas a deixar o país.
"O governo e os grupos armados de oposição continuam desenvolvendo ações de ofensiva militar e o governo obstrui o trabalho das missões de paz da ONU", acrescentou Nauert, ressaltando que pelo menos 95 trabalhadores humanitários morreram no Sudão do Sul desde o início do conflito, em dezembro de 2013.