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Estado de Minas

México e EUA comemoram estratégia renovada contra drogas e armas


postado em 02/02/2018 22:06

México e Estados Unidos combaterão o tráfico de drogas opioides e armas em sua fronteira com uma estratégia renovada, disseram nesta sexta-feira (2) os chanceleres dos dois países, após uma reunião na qual se esforçaram para mostrar que as relações bilaterais são menos ásperas do que parecem.

"Acordamos dar uma ênfase especial no combate que estamos realizando contra a epidemia de opioides e contra o fentanil, a heroína", disse o chanceler mexicano, Luis Videgaray, em conferência conjunta com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson.

É preciso ter "um enfoque diferente" na cooperação para combater toda a cadeia de distribuição de drogas, que está tendo "um terrível efeito em cidadãos americanos, mexicanos e canadenses", disse Tillerson no México, a primeira escala de sua primeira viagem à América Latina.

Os funcionários argumentaram o problema de saúde provocado por estas drogas nos Estados Unidos - país que é o maior consumidor de entorpecentes - e a crise de violência gerada no México pela disputa entre cartéis do narcotráfico.

Videgaray comentou, ainda, que em várias ocasiões, estes cartéis utilizam armas ilegais chegadas dos Estados Unidos para cometer seus crimes.

"Alcançamos um acordo sobre o paradigma (da Segurança), que deve ser de cooperação, não de estarmos mutuamente culpando uns aos outros", disse Videgaray.

O governo americano tem expressado constantemente sua inquietação com a situação de segurança no México, a ponto de o presidente Donald Trump afirmar recentemente que o México "agora é considerado o país mais perigoso do mundo", sem dar uma fonte para tal afirmação.

Este argumento, juntamente com uma política hostil perante os imigrantes mexicanos e centro americanos, tem servido ao chefe de Estado para defender seu projeto de construir um muro ao longo dos mais de 3.000 km de fronteira comum com o México.

- "Ganha - ganha - ganha" -

Ex-empresário do petróleo, Tillerson também falou com seus pares de México e Canadá sobre a difícil renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que reúne os três países.

"Nossos três países estão conectados. Não posso enfatizar o suficiente a importância da nossa relação econômica", disse Tillerson, com uma postura mais otimista que a de Trump, que ameaçou abandonar o tratado ao qualificá-lo como "talvez o pior acordo na história do mundo".

A renegociação do acordo, em vigor desde 1994, "está avançando de forma séria, profissional", disse Videgaray, ao assegurar que os três países têm "uma grande oportunidade de que seja uma negociação ganha-ganha-ganha, onde ganhem México, Canadá e Estados Unidos".

Por sua vez, a chanceler canadense, Chrystia Freeland, assegurou que os países precisam concluir as negociações "tão logo quanto possível".

"A incerteza nunca é boa" para os negócios, disse.

No fim de fevereiro será celebrada a próxima rodada de negociações.

- Boas relações? -

México e Estados Unidos "avançaram significativamente para estabelecer e institucionalizar uma boa relação de trabalho", disse Peña Nieto após se reunir com Tillerson, segundo um comunicado da Presidência.

"Temos muitos interesses em comum pelos que temos que trabalhar para não deixar que nada se meta no caminho", indicou Tillerson aos funcionários da embaixada americana no México, após a reunião.

Videgaray também insistiu em que a relação bilateral é boa, apesar das posições de Trump.

"Em muitas maneiras, hoje a relação é mais próxima, mais fluida que na última administração (americana). Isso pode ser uma surpresa para muita gente, mas é um fato", assegurou.

No entanto, a tensão persiste em certos temas como a insistência de Trump em construir um muro na fronteira com o México e em deportar os 'Dreamers', que chegaram ao país quando criança e regularizaram sua situação a partir de 2012 através do programa Daca, que Trump decidiu não renovar.

- Rússia e Venezuela -

Antes de embarcar para o México de Austin, Texas, Tillerson alertou para o "alarmante" papel que a China e Rússia estariam assumindo na região.

Nesta sexta-feira no México, advertiu para a possível influência que a Rússia poderia ter nas eleições do México e abordou a crise na Venezuela, defendendo "uma transição pacífica" que inclua "desmantelar a Assembleia Constituinte e retornar a eleições livres e justas".

O México anunciou recentemente sua retirada do processo de negociação entre o governo e a oposição da Venezuela, que se celebra na República Dominicana, em repúdio à convocação antecipada das eleições presidenciais no país caribenho.

Depois do México, Tillerson viajará a Argentina, Peru, Colômbia e Jamaica. Retornará para Washington na quarta-feira.


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