A Casa Branca propôs nesta quinta-feira ao Congresso um plano para reformar o sistema migratório que abre caminho para naturalizar até 1,8 milhão de jovens imigrantes, ao fim de um processo de 10 a 12 anos.
Essa proposta, que beneficia principalmente os imigrantes que chegaram ao país na infância, põe fim ao sorteio de vistos de residência e suspende a chamada "migração em rede" ou reunificação familiar, que ficará limitada a cônjuge e filhos menores de idade.
Esses jovens imigrantes -chamados "Dreamers" (sonhadores)- regularizaram sua situação a partir de 2012 mediante o programa conhecido pelas siglas Daca, que foi cancelado pelo presidente Donald Trump em setembro do ano passado.
Agora, a Casa Branca propõe um plano para "dar status legal aos beneficiários do Daca e a outros imigrantes que poderiam ser elegíveis, ajustando o período de aplicação para abarcar 1,8 milhão de indivíduos aproximadamente".
Além disso, a Casa Branca pediu que o Congresso inclua no próximo orçamento federal uma provisão de 25 bilhões de dólares para a construção do controverso muro na fronteira com o México, uma promessa de campanha de Trump.
Uma alta fonte do governo disse que o país "deve ter as ferramentas para deter a imigração ilegal e a capacidade de deportar os indivíduos que entraram ilegalmente".
A proposta da Casa Branca é uma resposta às intensas negociações no Congresso para romper o bloqueio que impede aprovar um orçamento federal para o ano fiscal em curso.
O Partido Democrata bloqueou qualquer tentativa de respaldá-lo caso não se estabeleça uma saída para os "Dreamers".
Desde dezembro do ano passado, o Congresso apenas conseguiu aprovar orçamentos provisórios. A falta de acordo levou, na semana passada, à paralisação do governo por três dias pela ausência de recursos.