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Estado de Minas

Distúrbios em protesto em Caracas pela morte de piloto rebelde

Jovens encapuzados responderam com pedras e coquetéis molotov


postado em 22/01/2018 20:36 / atualizado em 22/01/2018 21:58

(foto: Juan Barreto/AFP)
(foto: Juan Barreto/AFP)

Agentes da polícia venezuelana dissolveram nesta segunda-feira (22) com gases lacrimogêneos e balas de borracha em um protesto em Caracas pela morte, há uma semana, do piloto rebelde Óscar Pérez em um operação para capturá-lo.


Jovens encapuzados responderam com pedras e coquetéis molotov. A manifestação, iniciada pela manhã em frente à Universidade Central da Venezuela (UCV) -principal do país- concluiu uma trinta de feridos, denunciaram dirigentes estudantis.


Ruas foram bloqueadas por manifestantes com escombros e lixo queimado, enquanto as vias de acesso à área eram vigiadas por militares.


"Não somos de direita nem de esquerda, somos os de baixo, somos resistência, e vamos pelos de cima!", disse à AFP, em meio dos distúrbios, um manifestante com o rosto coberto com uma máscara antigases.


A concentração foi convocada pela ex-deputada opositora María Corina Machado como "homenagem" a Pérez, um ex-agente da polícia científica, e seus homens.


"Há uma Venezuela que se rebela", declarou na manifestação a dirigente, que rompeu com a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) por considerar que a "saída eleitoral" para a crise venezolana está cercada por "fraude".


Machado também rejeita as negociações empreendidas pelo governo de Nicolás Maduro e pela oposição na República Dominicana, que chama de "farsa".


Na segunda-feira passada, Pérez e seis de seus companheiros foram abatidos em uma operação militar e policial nos arredores de Caracas.


Organizações de direitos humanos denunciaram possíveis "execuções extrajudiciais", mas o governo argumenta que as autoridades responderam a ataques armados do piloto e de seu grupo.


Pérez, acusado de "terrorismo" e declarado "o criminoso mais buscado" no país petroleiro, se rebelou contra Maduro em meio a protestos opositores que deixaram 125 mortos entre abril e julho de 2017.


Em 27 de junho ele atacou a corte suprema e o ministério do Interior com granadas e armas de fogo, sem vítimas, de um helicóptero. Em 18 de dezembro seu grupo amordaçou militares em um quartel e roubou fuzis e munições.


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