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Estado de Minas

Luta para evitar paralisação do governo dos EUA passa ao Senado


postado em 19/01/2018 16:00

A luta para evitar a paralisação do governo dos Estados Unidos passou, nesta sexta-feira (19), ao Senado, onde a oposição democrata, revoltada pelo colapso nas negociações sobre a imigração, prometeu bloquear o projeto de lei de financiamento provisório.

Com o governo federal prestes a ficar sem dinheiro à meia-noite, na véspera do primeiro aniversário da posse do presidente Donald Trump, o Senado tem apenas algumas horas para se pronunciar sobre o texto.

A Câmara de Representantes votou nesta quinta-feira à noite uma extensão de quatro semanas do orçamento, até 16 de fevereiro, por 230 votos contra 197.

Mas as perspectivas parecem sombrias no Senado, onde os democratas, ansiosos para aproveitar os acordos orçamentários para resolver a questão migratória, tinham a intenção de derrubá-lo.

"A lei de orçamento do governo foi aprovada na noite passada na Câmara de Representantes. Agora, é necessário ter democratas para que se aprove no Senado - mas eles querem imigração ilegal e fronteiras fracas", tuitou Trump nesta manhã.

"Vai aconteceu um 'shutdown'?", questionou, referindo-se ao fechamento de um grande número de agências federais caso o projeto de orçamento não receba um sinal verde no Senado.

- Paralisação da burocracia -

Esse seria o primeiro "shutdown" (apagão do governo) desde outubro de 2013, quando 800.000 funcionários enfrentaram uma paralisação técnica durante mais de duas semanas.

"Precisamos de mais vitórias republicanas em 2018", especialmente nas eleições de meio de mandato previstas para novembro, concluiu Trump.

O chefe da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que se não houver acordo até esta noite, deve ser feita uma medida de financiamento de mais curto prazo, que "daria ao presidente alguns dias para se sentar à mesa".

Mitch McConnell, líder republicano da maioria no Senado, disse que o projeto de lei da Câmara prevê quatro semanas de financiamento, suficientes para permitir que as negociações continuem, sem "deixar o governo no caos sem qualquer motivo".

Schumer quer "reter todo o país como refém", acusou McConnell.

Para Schumer, entretanto, McConnell "busca desviar a culpa, mas simplesmente não funcionará".

- 'É arriscado' -

O presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, pediu a Schumer para evitar uma paralisação do governo dizendo: "É arriscado. É imprudente. E está errado".

Trump começou a participar, na quinta-feira, do caos que tomou conta de Washington.

No caso de um fracasso das negociações, funcionários de agências e escritórios federais considerados não essenciais vão receber a ordem de ficar em casa até que um orçamento seja aprovado.

Escritórios centrais, como a Casa Branca, o Congresso, o Departamento de Estado e o Pentágono permanecerão operacionais, mas com equipes reduzidas.

Os militares deverão se apresentar para trabalhar, mas a tropa - inclusive as que estão em áreas de combate - possivelmente não receberão por esses dias.

O jogo de distribuição de culpa já começou, e cada partido acusa seus adversários pelo fracasso em alcançar um acordo.

- 'Moedas de troca' -

Em dezembro, o Congresso já se encontrou na mesma situação, e nos últimos instantes os dois partidos fecharam um acordo para estender o orçamento até 20 de janeiro.

Mas, para um novo acordo, temporário ou permanente, os democratas insistem que a normativa inclua uma solução para os milhares de imigrantes que chegaram ao país como crianças e regularizaram sua situação pelo programa Daca, suspenso por Trump em setembro passado.

Na manhã desta sexta-feira, Ryan recorreu ao Twitter para acusar os democratas de "tomar como reféns um orçamento para o governo e um orçamento para nossas tropas".

Os democratas "estão tratando nossos homens e mulheres" das forças armadas "como moedas de troca", apontou.


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