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Estado de Minas

Governo descarta surto de febre amarela apesar de aumento de casos


postado em 16/01/2018 20:52

O governo brasileiro descartou, nesta terça-feira, que o país sofra um surto de febre amarela, apesar do número de casos ter triplicado na última semana e da OMS ter considerado o estado de São Paulo como área de risco de transmissão.

"Hoje estamos falando no aumento da circulação viral e no aumento da incidência no número de casos, mas não em surto", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, em Brasília.

Enquanto longa filas se formam em São Paulo e no Rio em busca de vacinas, o governo informou que desde julho passado foram confirmados 35 casos no Brasil, deixando 20 mortos, um aumento de 24 diagnósticos e 11 mortes em relação ao boletim da semana passada. Outros 145 casos seguem sob investigação.

Com 20 casos confirmados e 11 óbitos, o estado mais afetado é São Paulo, que já viveu um primeiro episódio de vacinações em massa em outubro, depois de que dezenas de macacos com o vírus morreram em vários parques.

Nesta terça-feira, a OMS decidiu considerar este estado como área de risco de transmissão da febre amarela, pondo em alerta a megalópole de São Paulo.

"Consequentemente, a vacina contra a febre amarela é recomendada para os viajantes que visitem qualquer área do estado de São Paulo", afirmou a OMS em um comunicado.

Pouco depois, o governo local adiantou para o fim de janeiro sua campanha maciça de vacinação, que estava prevista para 3 de fevereiro. A dose será ministrada principalmente de forma fracionada para evitar uma escassez que já começa a ser registrada em várias clínicas privadas da cidade.

Nardi garantiu que, se for necessário, o governo brasileiro está capacitado para aplicar esta dose fracionada a toda a população, mas se negou a detalhar o estoque atual.

Para o secretário-executivo, o chamado da OMS obedece a um "excesso de zelo" que busca que todos os estrangeiros que visitam o estado de São Paulo estejam imunizados.

Consultado sobre o Carnaval, que começará em três semanas e receberá milhões de turistas, Nardi afirmou que esta festa "transcorre em áreas urbanas, desta forma se os turistas não se dirigirem a áreas de matas estarão seguros".

Entre dezembro de 2016 e julho de 2017, o Brasil sofreu seu pior surto de febre amarela desde o início das estatísticas, em 1980, com 777 pessoas infectadas e 261 mortes, 153 destas no estado de Minas Gerais.

A febre amarela, uma doença que pode ser mortal, provoca febre, calafrios, fadiga, dores de cabeça e dores musculares, geralmente associados com náuseas e vômitos. Os casos graves levam a uma insuficiência renal e hepática, icterícia e hemorragia.


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