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Estado de Minas

Airbus supera Boeing em 2017 em aviões encomendados, mas perde em entregas


postado em 15/01/2018 13:10

A fabricante aeronáutica europeia Airbus voltou a superar a Boeing em encomendas de aeronaves, em 2017, mas ficou atrás da concorrente americana no número de aparatos entregues. A empresa ainda enfrenta um problema sério com as vendas escassas de seu principal produto, o gigante A380.

A Airbus recebeu 1.109 pedidos de aviões em 2017, contra 912 da Boeing, de acordo com dados divulgados pela empresa europeia nesta segunda-feira.

Em preço de catálogo, esses pedidos representam 137,7 bilhões de dólares. Para Boeing, foram 134,8 bilhões.

Mas a americana superou a Airbus em entregas de aviões, com um total de 763, contra 718 - um número recorde para a fabricante europeia, entretanto.

"As entregas da Airbus Commercial Aircraft cresceram em 2017 pelo 15º ano consecutivo, marcando um novo recorde da companhia cifrado em 718 aviões para 85 clientes", destacou a empresa em um comunicado.

"Este novo recorde de entregas somado à nossa quinta melhor cifra de entrada de pedidos põe o broche de ouro em um ano excepcional para nós", afirmou o diretor-geral delegado da Airbus e presidente da Airbus Commercial Aircraft, Fabrice Brégier.

- Superar a Boeing -

Para 2018, a Airbus estabelece a meta de entregar 800 aviões, em particular mediante o aumento da cadeia produtiva do modelo A320neo, indicou Brégier.

"Essa extraordinária conquista é testemunho da dedicação de todas as nossas equipes e situa a companhia em uma posição mais forte, apta e preparada para todas as oportunidades que a esperam", acrescentou o número dois da empresa, que deixará o grupo em fevereiro.

O diretor estabeleceu como objetivo superar a Boeing, dentro de dois anos, em termos de entregas.

"Aposto que em 2020 faremos mais entregas de aviões do que a Boeing", afirmou Brégier.

O total de aviões entregues em 2017 inclui 558 do modelo de corredor único da família A320, entre eles 181 do tipo A320neo, 166% a mais do que em 2016, detalhou a nota.

No segmento de longo alcance, entregou 67 A330, 78 A350 XWB e 15 A380, completou o comunicado do grupo.

A quantidade de entregas superou "em 4% o recorde anterior, de 688 unidades, estabelecido em 2016", indicou a empresa.

Esse balanço comercial foi publicado um mês depois do anúncio da saída de Brégier. O diretor-executivo da Airbus, Tom Enders, também não continuará no cargo depois de 2019.

As mudanças acontecem no contexto de investigações da França e da Grã-Bretanha por irregularidades nas transações, em operações denunciadas pela própria Airbus em 2016.

- A380 em xeque -

No plano comercial, a Airbus admitiu que um dos problemas é a falta de encomendas de seu marcante avião A380 de longo alcance.

"Honestamente, se não chegarmos a um acordo com a Emirates", o principal cliente do gigante aéreo, "não teremos outro remédio a não ser parar o programa", admitiu o diretor comercial, John Leahy.

"Ainda estamos negociando com a Emirates, mas, honestamente, eles são provavelmente os únicos hoje no mercado que podem comprar um mínimo de seis (aviões) por ano em um período de oito a dez anos", disse.

Avião comercial com maior capacidade do mundo, o A380 recebeu 317 pedidos desde seu lançamento em 2007. Nos últimos anos, porém, não recebeu uma única encomenda.

A aeronave pode ter até 853 lugares e, em 2017, celebrou os dez anos de seu primeiro voo comercial.


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