A companhia aérea Lufthansa desistiu, nesta quarta-feira (13), de comprar a Niki, filial austríaca da Air Berlin, para facilitar a aprovação europeia à aquisição de outros ativos da companha alemã em falência. Em seguida, a austríaca anunciou que vai deixar de voar a partir desta quinta-feira.
A Niki havia dito, mais cedo, que tinha solicitado a abertura do processo de insolvência, após a Lufthansa anunciar que "informou à Air Berlin e a seus gerentes de insolvência que dará prosseguimento à transação prevista sem a compra da Niki".
A decisão aconteceu depois de a Comissão Europeia dizer, na semana passada, que tinha "preocupações profundas com a concorrência", durante a avaliação do plano de compra da companhia de Frankfurt - que previa a aquisição de 81 aeronaves da frota de 140 da Air Berlin, além da Niki, por 210 milhões de euros.
A Air Berlin, a segunda maior companhia aérea alemã, iniciou o processo de falência em agosto, depois de perder o financiamento de seu maior acionista, a Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos.
A Niki continuou a operar mesmo durante a venda de ativos da Air Berlin. Contudo, ela disse, em seu site, que seus voos "serão interrompidos a partir de 14 de dezembro".
Ela afirma que várias companhias aéreas "atualmente estão buscando soluções para trazer de volta os passageiros que estão de stand-by, por uma tarifa baixa, de destinos estrangeiros para a Alemanha, a Áustria e a Suíça".
O governo austríaco se dispôs a repatriar os passageiros da Niki que ficaram no exterior, se for necessário.