O recurso apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra uma sentença que o condenou a quase dez anos de prisão será julgado em segunda instância no próximo 24 de janeiro, informou nesta terça-feira (12) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Se for confirmada, a sentença pode levar o ex-líder sindical à prisão e bloquear sua candidatura às eleições de outubro de 2018, para a qual as pesquisas de opinião o apontam como favorito, com um terço das intenções de voto.
Em julho, Lula foi condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba, a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, que teria sido oferecido como propina pela empreiteira OAS em troca de sua influência para obter contratos da Petrobras.
Em janeiro, três juízes do TRF-4 decidirão se confirmam ou não a sentença de Moro.
O caso integra a Operação Lava Jato, que desvendou desvios milionários de recursos da petroleira para políticos de diferentes partidos.
O ex-presidente (2003-2010), que enfrenta outros seis processos, nega qualquer ato de corrupção e denuncia uma perseguição judicial para impedir seu retorno ao poder e neutralizar sua força política.