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Estado de Minas

Nova York sofre tentativa de ataque terrorista


postado em 12/12/2017 00:10

Um homem detonou uma bomba de fabricação artesanal em um túnel do metrô perto da Times Square na manhã desta segunda-feira (11), ferindo três pessoas, em mais um atentado em Nova York.

"Foi uma tentativa de ataque terrorista", declarou à imprensa o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.

A explosão ocorreu na hora do rush matinal, em um túnel do metrô que liga a Times Square ao terminal rodoviário de Port Authority, perto da 42nd Street com a 8th Avenue.

A explosão foi provocada por um homem de 27 anos, identificado como Akayed Ullah, morador do bairro do Brooklyn e que carregava consigo "um dispositivo explosivo rudimentar", indicou o chefe de polícia James O'Neill. Segundo a imprensa local, ele teria emigrado de Bangladesh há sete anos.

O suspeito foi preso com ferimentos e queimaduras pelo corpo, acrescentou O'Neill. Três pessoas que estavam próximas ao suspeito também ficaram feridas, mas "nenhuma corre risco de morte", de acordo com os bombeiros de Nova York.

O terminal rodoviário foi rapidamente evacuado, os acessos ao bairro, bloqueados e várias linhas do metrô que passam pela área tiveram seu serviço imediatamente interrompido.

"Quando se ouve uma bomba em uma estação de metrô, esse é um dos nossos piores pesadelos, mas a realidade foi melhor do que inicialmente esperávamos e temíamos", admitiu o governador de Nova York, Andrew Cuomo.

Embora os motivos do ataque não tenham sido esclarecidos, Cuomo disse que o suspeito não integrava uma "rede sofisticada", embora aparentemente estivesse "influenciado" pelo grupo Estado Islâmico ou outro grupo extremista.

Entre as preocupações por possíveis represálias após o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente Donald Trump na semana passada, a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, pediu à população que fique atenta.

"O governo continua adotando medidas de segurança significativas para prevenir que os terroristas entrem em nosso país ou recrutem dentro de nossas fronteiras", disse.

- Trump ataca imigração -

O presidente Donald Trump disse que o ataque cometido por um homem originário de Bangladesh evidencia a "urgente necessidade" de que o Congresso aprove a reforma migratória.

"Primeiro e mais importante, como disse desde que anunciei minha candidatura à presidência, os Estados Unidos devem reformar o permissivo sistema migratório, que permite que muitas pessoas perigosas, inadequadas e com antecedentes (criminais) entrem em nosso país".

Trump acrescentou que o suspeito entrou no país graças a um permissão de reunificação familiar, um sistema que o presidente quer pôr fim.

O presidente americano pediu ao Congresso "um aumento do número de funcionários de imigração e alfândega, para melhorar a capacidade dos funcionários de imigração para deter, prender e pôr fim à fraude e ao abuso em nosso sistema migratório".

Trump reiterou ainda sua solicitação para que os condenados por terrorismo recebam "as penas mais duras permitidas pela lei, incluindo a pena de morte".

A explosão - que aconteceu às 07h20 do horário local (10h20 horário de Brasília) - foi provocada por uma bomba artesanal presa ao corpo do agressor, informou John Miller, da unidade contraterrorista da polícia de Nova York.

Segundo as autoridades, a bomba teria sido detonada de forma prematura. O ataque foi filmado por câmeras de segurança.

A explosão provocou pânico no túnel, e "todo mundo começou a correr", disse uma testemunha ao New York Times.

O ex-chefe da polícia de Nova York, Bill Bratton, declarou ao canal MSNBC ter sido informado que o suspeito agiu em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI). Essas informações ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

Citando fontes policiais, o jornal New York Post indicou que o suspeito era um ex-motorista de táxi e disse aos policiais ao ser detido que agiu para se vingar "dos bombardeios" em seu país, sem dar mais detalhes.

- Nova York, alvo constante -

As estações de metrô da área foram evacuadas de forma tranquila, sem pânico, segundo jornalistas da AFP no local. O metrô continuou funcionando, mas sem parar nessas estações. A estação de ônibus da Autoridade Portuária também foi evacuada e a circulação em várias ruas e avenidas foi bloqueada, embora a circulação tenha voltado à normalidade três horas depois do ataque.

A explosão acontece durante os preparativos das festas de final de ano, que atraem centenas de milhares de turistas para a cidade mais populosa dos Estados Unidos.

A Times Square é um ponto particularmente sensível, onde quase um milhão de pessoas se reúnem todos os anos para celebrar a passagem do ano.

Nova York é considerada um alvo privilegiado pelos movimentos terroristas e é monitorada de perto, com milhares de oficiais uniformizados e à paisana nos vários locais turísticos.

O ataque desta segunda-feira ocorre menos de seis semanas após um atentado mortal em Manhattan, no dia 31 de outubro. Em pleno Halloween, um ataque com caminhonete deixou oito mortos e 12 feridos no extremo sul de Manhattan, constituindo o primeiro atentado mortal em Nova York desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

Sayfullo Saipov, um uzbeque de 29 anos, invadiu com um veículo uma ciclovia ao longo do rio Hudson, atropelando ciclistas e transeuntes antes de bater em um ônibus escolar.

O suspeito, que havia prometido lealdade ao EI, foi imediatamente preso. Ele já foi denunciado e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua. Donald Trump chegou a pedir para ele a pena de morte.

A capital financeira dos Estados Unidos foi cenário de outras tentativas de ataques nos últimos anos, na maioria das vezes por "lobos solitários", mas que não fizeram mortos.


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