Jornal Estado de Minas

Exército dos EUA manterá operações no Níger apesar de ataque

Os militares americanos seguirão assessorando as forças locais do Níger, apesar da morte de quatro soldados dos Estados Unidos em uma emboscada no dia 4 de outubro, informou nesta segunda-feira (23) um alto oficial do Pentágono.

"Nossa intenção é prosseguir com as operações", declarou à imprensa o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto, ao divulgar mais detalhes do ataque de 4 de outubro supostamente realizado por membros do grupo Estado Islâmico (EI).

Dunford disse que os Estados Unidos contavam recentemente com 800 funcionários militares no Níger, sua maior presença na África subsaariana, e que se dedicam a trabalhos de apoio e treinamento do Exército nigerino na luta contra insurgentes.

Os quatro homens morreram quando a sua patrulha de reconhecimento foi atacada na fronteira com o Mali, ao norte de Niamey. Dunford disse que cinco soldados nigerinos morreram e outros dois americanos ficaram feridos.

Os 12 americanos e 30 nigerinos na missão foram atacados por 50 combatentes que Dunford descreveu como locais associados ao EI. Uma investigação está em curso, assinalou.

O general indicou que a missão foi apresentada assumindo que um conflito era "improvável".

"A maioria de nossas operações na África está desenhada para apoiar, treinar, assessor e ajudar" as forças locais, disse Dunford.

"Mitigamos o risco para as forças americanas com diretrizes de apenas acompanhar as forças locais quando as possibilidades de um contato com o inimigo são pouco prováveis", acrescentou.

Dunford afirmou que o ataque reflete a globalização da luta contra o EI à medida que o grupo é expulso de seus redutos no Iraque e na Síria.

"Estamos enfrentando um desafio que existe da África Ocidental ao Sudeste Asiático (...). Estamos enfrentando um desafio global", afirmou.

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