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Estado de Minas

Adolescente atira em sala de aula de Goiânia e mata dois colegas


postado em 20/10/2017 17:10

A Polícia investiga as motivações que teriam levado a um adolescente de 14 anos abrir fogo na sala de aula de uma escola privada de Goiânia, capital de Goiás (centro-oeste), deixando ao menos dois mortos e quatro feridos.

O garoto era vítima de bullying e chamado de "fedorento" pelos colegas por supostamente não usar desodorante, segundo relatos de estudantes à imprensa local.

De acordo com declarações de uma testemunha ao portal de notícias G1, o adolescente tirou a arma da mochila durante o recreio e começou a atirar a ermo. Então, todo mundo saiu correndo.

o menor que efetuou os disparos estuda nesta escola de classe média e está apreendido, informou à AFP uma porta-voz da Polícia científica de Goiânia, que realiza as perícias.

As vítimas podem ter entre 11 e 16 anos, acrescentou a fonte, em meio a versões contraditórias sobre as idades dos mortos e feridos.

Segundo o agente Marcelo Granja, porta-voz da Polícia Militar do estado - que também atua no caso - o garoto "é filho de um policial militar" e usou uma arma da corporação para executar o ataque.

Os investigadores tentam determinar como o jovem teve acesso à arma, informou Granja à TV Globo.

A Polícia estava interrogando o jovem para tentar esclarecer todos os pontos, acrescentou um porta-voz da instituição.

- Bullying: 'gerador' de violência -

"Chama atenção" como o estudante teve acesso à arma em casa e como conseguiu depois entrar com ela em uma escola privada, destacou Cássio Almeida de Rosa, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, dedicado ao estudo da violência no Brasil.

O bullying "é um fator gerador de violência, que às vezes termina em casos extremos como o que aconteceu hoje", acrescentou.

Embora não seja tão comum nas instituições privadas, "a violência juvenil infelizmente está presente em nossas escolas", assegurou o especialista.

A tragédia se soma a um episódio recente que horrorizou o país, no qual um vigilante de uma creche em Janaúba, norte de Minas, ateou fogo intencionalmente em estudantes e professores, deixando onze mortos e mais de 40 feridos.

Os disparos em Goiânia também geram debate sobre o controle de armas no Brasil, em um momento em que o Congresso analisa uma proposta para flexibilizar o acesso às armas de fogo.

Com taxa de 21,2 homicídios com armas de fogo por 100.000 habitantes (o triplo da média mundial, segundo a OMS), o Brasil é o décimo país mais perigoso para se viver, segundo o internacional "Mapa da Violência 2016", publicado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), que analisa cem países.


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