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China abre Congresso do PC que confirmará Xi Jinping no poder


postado em 18/10/2017 00:52

O Partido Comunista Chinês (PCC) iniciou nesta quarta-feira seu XIXº Congresso quinquenal, que confirmará no poder Xi Jinping, o dirigente mais poderoso do gigante asiático nas últimas duas décadas.

Os 2.300 delegados do "maior partido do mundo" (89 milhões de membros) se instalaram no Grande Salão do Povo, sob estritas medidas de segurança.

No discurso de abertura, Xi Jinping convocou os delegados a combater "as palavras e atos" capazes de minar "o poder do partido e o sistema socialista" na China.

"Devemos (...) nos opor energicamente a qualquer ação capaz de atentar contra os interesses do povo e de afastar o Partido do povo", declarou o líder chinês.

Xi Jinping apresentará o balanço de seus cinco primeiros anos como secretário-geral do PCC. O Congresso, que será concluído no dia 24 de outubro, lhe concederá um novo mandato de cinco anos à frente do país mais povoado do planeta.

O limite de idade de 68 anos imposto aos membros do bureau político, a instância de 25 membros que governa a China, poderá efetivamente desaparecer para Xi Jinping, que fará 69 no próximo Congresso, em 2022.

Desde sua chegada ao poder, no final de 2012, Xi Jinping colocou seus homens em postos-chave, ajudado por uma campanha anticorrupção que puniu mais de 1,3 milhão de funcionários.

Apesar de não questionar "a economia de mercado socialista", o governo de Xi Jinping esteve marcado por um regresso à ideologia marxista e por uma repressão que se manifesta na Internet, contra os defensores dos direitos humanos e dos dissidentes.

Em entrevista coletiva concedida nas vésperas da abertura do Congresso, o porta-voz Tuo Zhen anunciou que o governo continuará lutando contra a corrupção e que as reformas econômicas seguirão "até o final". Também revelou que o Congresso analisará um plano de reforma política, que não seguirá os modelos ocidentais.

Em um claro indício da influência de Xi Jinping, seu nome poderá ser inscrito na carta do partido, honra reservada até então apenas a Mao Tse-Tung, fundador da República popular, e a Deng Xiaoping, artífice das reformas que levaram a China ao patamar de segunda potência econômica mundial.

Para garantir um ar respirável em uma das capitais mais contaminadas do mundo, as autoridades ordenaram o fechamento das fábricas na região de Pequim durante o Congresso.


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