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Estado de Minas

Plantar árvores e mudar práticas agrícolas podem reduzir emissões de carbono


postado em 16/10/2017 20:07

Plantar mais árvores, cultivar de forma mais sustentável e conservar as zonas úmidas poderiam reduzir significativamente a quantidade de carbono que a humanidade emite para a atmosfera através do uso de combustíveis fósseis, disseram pesquisadores nesta segunda-feira.

Um melhor uso da terra poderia reduzir o dióxido de carbono em 37%, o suficiente para manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius até 2030, conforme exigido pelo Acordo de Paris de 2015, de acordo com um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

As soluções climáticas naturais poderiam reduzir as emissões em 11,3 bilhões de toneladas por ano até 2030, o que equivale a parar a queima de petróleo, afirmou.

"Esse é um enorme potencial, então, se levamos a sério as mudanças climáticas, teremos de levar a sério o investimento na natureza, bem como em energia limpa e transporte limpo", disse Mark Tercek, diretor executivo da The Nature Conservancy, uma das instituições que contribuiu com os pesquisadores para o estudo.

Atualmente, o uso da terra contribui com cerca de um quarto das emissões globais de carbono, o principal gás do efeito estufa que faz o planeta aquecer.

Segundo os pesquisadores, a melhor maneira de desacelerar as mudanças climáticas é plantar mais árvores e parar o desmatamento, já que as árvores absorvem grandes quantidades de carbono da atmosfera.

Uma melhor administração das florestas "poderia remover, com um bom custo-benefício, sete bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano até 2030, o equivalente a tirar 1,5 bilhão de carros a gasolina das estradas", disse o estudo.

Em seguida está mudar as práticas agrícolas, o que poderia "reduzir, com bom custo-benefício, as emissões em 22% de acordo com o estudo, o equivalente a tirar 522 milhões de carros a gasolina das estradas".

Soluções agrícolas mais inteligentes incluem melhorar o uso de fertilizantes químicos para permitir melhores rendimentos das colheitas e reduzir as emissões de óxido nitroso, um gás do efeito estufa 300 vezes mais potente do que o dióxido de carbono.

"Outras intervenções efetivas incluem o plantio de árvores nas terras cultivadas e o melhor gerenciamento do gado", afirmou.

Finalmente, os especialistas sugerem a conservação das zonas úmidas e uma interrupção na drenagem das turfeiras, que detêm cerca de um quarto do carbono armazenado nos solos do mundo.

As turfeiras estão desaparecendo rapidamente, com uma perda global de cerca de 1,9 milhão de acres (780 mil hectares) a cada ano, em grande parte devido ao cultivo de óleo de palma.

"Sua proteção poderia garantir um armazenamento de 678 milhões de toneladas de emissões de carbono equivalente por ano até 2030 - comparável à remoção de 145 milhões de carros das ruas", disse o artigo.

Essas soluções baseadas na natureza devem ser acompanhadas por cortes nos combustíveis fósseis, disse o coautor William Schlesinger, professor emérito de biogeoquímica na Universidade Duke.

"Os resultados são provocativos: em primeiro lugar, devido à magnitude do sequestro de carbono potencial da natureza e, em segundo lugar, porque precisamos de soluções climáticas naturais em conjunto com cortes rápidos nas emissões de combustíveis fósseis para superar as mudanças climáticas", afirmou.


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