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Estado de Minas

Surpresas positivas levam BC a projetar maior crescimento brasileiro


postado em 21/09/2017 13:25

O Banco Central aumentou a previsão de crescimento brasileiro, nesta quinta-feira (21), e reduziu a inflação para 2017, devido a "surpresas positivas" que animaram a perspectiva de uma recuperação.

Ainda assim, essa recuperação aparece frágil e desigual entre os distintos setores econômicos.

Em seu Relatório Trimestral da Inflação, o BC aumentou de 0,5% para 0,7% sua expectativa de crescimento do PIB para este ano e fixou em 2,2% sua previsão para 2018, confirmando a melhoria da maior economia latino-americana, que sai assim da pior recessão de sua história.

"A revisão positiva reflete principalmente o desempenho do PIB no segundo trimestre, superior à média das expectativas do mercado", explica o documento.

Houve, acrescenta o texto, "surpresas positivas" em dados setoriais que "mostram perspectivas favoráveis para o crescimento da atividade".

O PIB brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre, e 0,2%, no segundo, quando a maioria dos analistas previa um estancamento. No primeiro trimestre, a agricultura foi o motor da reativação, mas, no segundo, foram os serviços - e são os serviços que mais criam empregos.

De qualquer forma, as melhorias previstas para 2017 são frágeis e desiguais: a agricultura deve crescer 12,1% (9,6% no informe de junho), e a indústria, retroceder 0,6% (a estimativa anterior era um crescimento de 0,3%), "devido, principalmente, ao menor desempenho da construção civil (...) e eletricidade, água e gás".

Os serviços deverão crescer 0,1% (contra -0,1% na previsão anterior).

O BC também revisou, de forma negativa, a projeção da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), de -0,6% para -3,2%, devido igualmente ao fraco desempenho da construção civil e à significativa queda das importações de bens de capital".

Por último, o BCB enfatiza que o avanço econômico "depende ainda de considerações sobre a evolução das reformas e ajustes necessários na economia".

Essas reformas, começando pela da Previdência, geram forte repúdio social e são de difícil aprovação em um contexto de caos político pelas denúncias de corrupção contra o presidente Michel temer e contra vários de seus ministros e colaboradores.

- Sem risco de deflação -

O IPCA, índice que mede a inflação, deve fechar 2017 em 3,2%, e 2018, em 4,3%. Em junho, essas projeções eram de 3,8% e 4,5%, respectivamente.

O aumento de preços ficaria, assim, abaixo do centro da meta do BC, de 4,5%, e permitiria prosseguir com o processo de cortes da taxa básica, que passou de 14,25%, em outubro passado, para 8,25%, este mês. A expectativa do mercado é que caia até 7% este ano.

O Banco Central admite que também nesse campo houve uma "surpresa deflacionária", por conta da queda maior do que o esperado dos preços da alimentação. Em junho, foi registrado inclusive um mês de deflação pela primeira vez desde 2006.

O BC está convencido, porém, de que não há riscos nesse sentido, já que "podem ocorrer variações mensais negativas do IPCA sem que isso configure um processo de deflação".


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