(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bangladesh mobiliza exército para dar ajuda humanitária a rohingyas


postado em 20/09/2017 14:16

Bangladesh ordenou nesta quarta-feira que suas forças armadas participem na distribuição de ajuda humanitária e na construção de abrigos para os refugiados rohinygas, indicou uma fonte do governo.

O exército nacional vai se posicionar na região de Cox's Bazar, anunciou à AFP Obadiul Quader, funcionário muito influente no governo da primeira-ministra Sheikh Hasina, e segundo mais alto dirigente do partido no poder, o Awami League.

Mais de 420.000 rohinygas se refugiaram em Bangladesh por causa da violência em Mianmar.

Esta decisão dá início a uma etapa de envolvimento direto do exército de Bangladesh nesta crise humanitária.

Na semana passada, as autoridades encomendaram a tarefa de levar ajuda internacional aos campos de deslocados.

Nesta quarta, Sheikh Hasina reiterou seu apelo para que Mianmar readmita em seu território os 420.000 refugiados rohingyas.

"Nós afirmamos a Mianmar 'são seus cidadãos, devem readmiti-los, garantir sua segurança, acolhê-los, não deve existir opressão nem tortura'", afirmou a primeira-ministra em Nova York durante uma reunião com seus compatriotas, segundo a imprensa de Bangladesh.

Sheikh Hasina está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, onde deve discursar na quinta-feira.

Hasina reiterou o apelo depois que a líder birmanesa Aung San Suu Kyi declarou que Mianmar estava "pronta" para um retorno dos refugiados rohingyas.

Suu Kyi tentou responder às críticas da comunidade internacional sobre sua condução da crise dos rohinygas, mas sem ficar contra o poderoso exército nacional ou a opinião pública que cultiva um profundo sentimento antimuçulmano.

Ela também se absteve de enfatizar a expressão "terroristas extremistas", usada nos comunicados do governo.

A Anistia Internacional (AI) denunciou sua "política de avestruz".

A Grã-Bretanha liderou as potências mundiais que advertiram Mianmar sobre as possíveis ações se sua líder, não fizer algo para pôr fim a uma campanha contra a minoriarohingya.

O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, convocou uma reunião sobre a crise à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Em um encontro ao qual assistiram a embaixadora americana na ONU Nikki Haley e o vice-ministro das Relações Exteriores de Mianmar, Johnson advertiu que a violência no estado de Rakhine era "uma mancha na reputação do país" após sua transição a um governo democrático.

"Por isso, Mianmar não deve se surpreender por se encontrar sob escrutínio internacional e na agenda do Conselho de Segurança", disse Johnson.

Os rohingyas, a maior população apátrida do mundo, são considerados há várias décadas estrangeiros em Mianmar, país com 90% da população budista.

Os rohingyas sofrem uma discriminação que impede viagens ou casamentos sem autorização. Também estão privados do acesso ao mercado de trabalho e aos serviços públicos, como escolas e hospitais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)