Jornal Estado de Minas

Polícia espanhola faz operações no reduto do presidente catalão

A Guarda Civil espanhola realizava nesta terça-feira operações na localidade de Gerona, reduto do presidente separatista catalão, Carles Puigdemont, como parte de uma investigação sobre uma suposta concessão fraudulenta de um contrato de fornecimento de água potável.

"A Guarda Civil está realizando esta manhã 15 operações de busca no âmbito da 'Operação Aquarium', ordenada pelo titular do Tribunal de Instrução nº 2" de Gerona, 100 km ao nordeste de Barcelona, informa um comunicado.

O texto afirma que as operações estão vinculadas a uma investigação sobre "diversas atividades supostamente ilícitas, incluindo fraude e administração desleal na gestão do fornecimento de águas".

A operação envolve as "atividades da empresa Águas de Girona, Salt e Sarriá del Ter (AGISSA)", completa a Guarda Civil.

As ações acontecem em um momento de grande tensão entre o governo conservador de Mariano Rajoy e o Executivo separatista da Catalunha, que pretende organizar a qualquer custo um referendo de autodeterminação em 1 de outubro, ignorando a proibição do Tribunal Constitucional.

Em caso de vitória do "Sim", Executivo catalão pretende declarar a independência.

A investigação sobre as atividades desta empresa de Gerona era destaque no jornal conservador La Razón, que a apresenta como um golpe para Puigdemont, ao informar que envolve sua etapa como prefeito da cidade, seu reduto político, entre 2011 e 2016.

De modo paralelo, a Guarda Civil também realizava operações de busca, a pedido da Promotoria, em uma empresa de mensagens privadas em Hospitalet de Llobregat, perto de Barcelona, em busca de material eleitoral.

A Procuradoria Geral espanhola ordenou a apreensão de todo o material que possa permitir a organização do referendo: urnas, cédulas, propaganda ou cartas dirigidas os catalães.

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