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Estado de Minas

ONU condena com firmeza tiro de míssil da Coreia do Norte


postado em 15/09/2017 19:55

O Conselho de Segurança das Nações Unidas "condenou firmemente" nesta sexta-feira o último disparo de míssil norte-coreano, que considerou "altamente provocador", enquanto França e Rússia pediam "negociações diretas" com Pyongyang para reduzir a tensão.

Os testes com mísseis são "atos escandalosos", avaliou o Conselho em sua declaração, que pediu à Coreia do Norte sua suspensão "imediata".

"Estas ações não são apenas uma ameaça para a região, mas também para todos os estados-membros da ONU", declarou o Conselho em sua condenação, aprovada pelos 15 membros do organismo.

Os disparos de mísseis, "assim como outras ações recentes e declarações públicas" de Pyongyang "minam deliberadamente a paz e a estabilidade na região", acrescenta o texto, que não faz referência a novas sanções contra o governo de Kim Jong-Un.

O novo míssil tinha capacidade de alcançar a ilha americana de Guam, no Pacífico, segundo especialistas.

Percorreu uma distância de 3.700 km após ter sido disparado de um local próximo a Pyongyang, dias depois de o Conselho de Segurança aprovar uma oitava série de sanções para tentar convencer o regime norte-coreano de negociar seus programas ilegais balístico e nuclear.

Essa resolução sancionou um sexto teste nuclear norte-coreano, de longe o mais potente, no qual Pyongyang detonou uma bomba H de um tamanho capaz de ser transportada por um míssil.

Nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu à Coreia do Norte que o armamento de Washington poderia fazer desmoronar a alma de seus inimigos.

"Depois de ver nossas capacidades (de combate e resposta bélica) tenho mais confiança do que nunca que nossas opções são não apenas efetivas, mas também demolidoras", disse Trump em um discurso dirigido ao pessoal da Força Aérea.

- "Situação complicada" -

Na sexta-feira, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, pediram o desenvolvimento de "negociações diretas" com a Coreia do Norte para terminar com a escalada.

Segundo o Kremlin, os dois dirigentes mantiveram uma conversa telefônica na qual coincidiram sobre "a necessidade de resolver esta situação extremamente complicada exclusivamente por meios políticos e diplomáticos, retomando negociações diretas".

As discussões entre Pyongyang e cinco grandes potências - Estados Unidos, Rússia, Japão, China e Coreia do Sul - estão congeladas desde 2008.

Trump prevê se reunir com aliados da Coreia do Sul e Japão na próxima semana em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU para discutir o caso norte-coreano.

Para David Wright, físico da União dos Cientistas Preocupados, "a Coreia do Norte demonstrou que pode atingir Guam com um de seus mísseis, mesmo que não se saiba com que carga e precisão".

Depois que a Coreia do Norte lançou, em julho, dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), que pareciam estar em condições de atingir parte do continente americano, Trump ameaçou descarregar "o fogo e a fúria" sobre o país asiático. Pyongyang replicou, então, afirmando que lançaria quatro mísseis perto de Guam, onde Washington dispõe de instalações militares estratégicas.

Em 29 de agosto, os norte-coreanos lançaram um míssil Hwasong-12, de médio alcance, que sobrevoou o arquipélago japonês.

"Se a Coreia do Norte continuar neste caminho, seu futuro não será radiante", reagiu, então, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enquanto o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, exortou China e Rússia, principais apoiadores econômicos de Pyongyang, a pressionar o governo de Kim Jong-Un para que cesse suas provocações.

Pequim condenou o disparo e pediu demonstrações de prudência.

"O coração do problema é a oposição entre Coreia do Norte e Estados Unidos (...) A China não está na origem da escalada de tensões", reagiu o porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.

As últimas sanções da ONU, decididas na segunda-feira, são as mais fortes já adotadas até agora, ao limitar as exportações de petróleo e de produtos refinados para Pyongyang e proibir a compra de produtos têxteis norte-coreanos.

Seul respondeu com testes militares que incluíram o lançamento de mísseis Hyunmu no mar do Japão, segundo o ministério da Defesa. Um destes artefatos percorreu 250 km, uma distância suficiente para teoricamente atingir o local de onde partiu o míssil norte-coreano, em Sunan, perto do aeroporto de Pyongyang.


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