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Estado de Minas

Japoneses acordam assustados com míssil norte-coreano


postado em 15/09/2017 01:22

O míssil disparado na manhã desta sexta-feira pela Coreia do Norte e que sobrevoou o Japão fez a população do arquipélago despertar alarmada, em mais um incidente envolvendo os testes balísticos de Pyongyang.

Sirenes e alertas de emergência em smartphones soaram por volta das 07H00 local - pela segunda vez em menos de um mês - para avisar que um míssil norte-coreano sobrevoava a ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês.

O míssil sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido (norte) às 07H06 local, antes de cair no mar, cerca de 2.000 quilômetros a leste da sua costa.

"Não posso dizer que estamos acostumados. Pensem que um míssil sobrevoou nossa cidade. Isto não é muito tranquilizador", disse à AFP Yoshihiro Saito, que trabalha na pequena comunidade de pescadores de pescadores de Erimo, em Hokkaido.

"Foi bastante aterrador. Escutei que o míssil caiu a 2 mil quilômetros da costa, no Pacífico", revelou Saito, acrescentando que 16 de seus colegas pescadores estavam sob a trajetória do míssil.

Os japoneses estão acostumados a situações de emergência - como terremotos e tsunamis - mas não têm experiência quando a ameaça é um míssil.

"Dá muito medo. O governo nos diz para fugir para prédios estáveis, mas não podemos fazer isto rapidamente. Nossos colegas no mar não sabem como se proteger", comentou Yoichi Takahashi, 57 anos, responsável de pesca em Kushiro, também em Hokkaido.

"Já é a segunda vez nos últimos tempos. Vamos ter dias agitados a partir de agora".

Isamu Oya, 67 anos, proprietário de um restaurante de suchi em Erimo, sente a mesma situação de vulnerabilidade: "o governo diz que temos que fugir para um prédio estável ou subterrâneo, mas aqui não tem isto. Não podemos fazer nada. É terrível, estamos desprotegidos".

Na manhã desta sexta-feira, todos os canais, incluindo os de entretenimento, exibiam a mensagem de advertência de que um míssil balístico de médio alcance sobrevoava parte do território japonês.

"Fujam para um prédio ou um subsolo", avisavam os alertas de telefonia móvel enviados por um sistema de mensagens de emergência para os usuários nas regiões ameaçadas, enquanto soavam as sirenes do J-Alert.

Os serviços de trens entre Hokkaido e a principal ilha do Japão, Honshu, foi suspenso provisoriamente após o tiro, mas o tráfego aéreo não foi afetado.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o Japão "jamais tolerará" o que ele chamou de "perigosa ação provocadora e que ameaça a paz mundial".

"Não podemos nunca tolerar que a Coreia do Norte pisoteie a decisão forte e unida da comunidade internacional rumo à paz, demonstrada nas resoluções da ONU, e insista neste ato ultrajante", disse Abe.


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