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Estado de Minas

'Será difícil sair do narcotráfico', diz chanceler colombiana


postado em 14/09/2017 22:10

Será muito difícil acabar com o narcotráfico na América Latina, devido aos atuais níveis de consumo de drogas nos Estados Unidos e na Europa, afirmou nesta quinta-feira a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, durante visita ao Panamá.

"Esperamos que os países consumidores também tenham resultados, porque enquanto continuar havendo o consumo que há nos Estados Unidos e na Europa, dificilmente nós (na América Latina) vamos conseguir sair do narcotráfico", disse Holguín, que falou à imprensa ao lado de sua contraparte panamenha, Isabel de Saint Malo.

Holguín conversou com Saint Malo sobre temas comerciais, crime organizado e narcotráfico pouco depois de o presidente Donald Trump dizer que os Estados Unidos não descartam suspender a certificação da Colômbia como parceira na luta antidrogas após o aumento recorde da produção de cocaína no país.

Trump afirmou que a Colômbia não perdeu sua certificação como aliado dos Estados Unidos na luta contra as drogas pelos esforços da força pública neste sentido e pela retomada da erradicação de cultivos, que tinha diminuído consideravelmente desde 2013.

Holguín afirmou que a Colômbia e o Panamá são os países que mais apreendem drogas na região.

"Entre os dois, fazemos quase 70% das apreensões de toda a região", por isso, "às vezes a gente se surpreende que um pouco mais ao norte não haja melhores resultados", expressou a ministra colombiana, sem dar cifras.

Os Estados Unidos são os maiores consumidores de cocaína, droga produzida sobretudo em Colômbia, Peru e Bolívia.

Os narcotraficantes usam o Panamá como porta de entrada à América Central em sua rota rumo à América do Norte.

Holguín manifestou que a luta contra o narcotráfico não deve ser de cada país, mas da região.

"Se não fizermos o esforço em nível regional, dificilmente vamos poder ter um país, uma região, livre de narcotráfico e livre de todas as organizações criminosas", disse.

De Saint Malo expressou, por sua vez, que o Panamá vai continuar colaborando com a Colômbia "em todos os níveis" na "luta frontal" contra o narcotráfico.

Segundo cifras oficiais, a Colômbia apreendeu 370 toneladas de cocaína em 2016, uma quantidade recorde. No mesmo ano, o Panamá apreendeu 72 toneladas de drogas, em sua imensa maioria, cocaína, também batendo um recorde.

A América Central, devido ao tráfico de drogas e a outros fatores, tornou-se uma das regiões mais violentas do mundo.


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