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Estado de Minas

Governo Maduro e oposição venezuelana aceitam convite para avaliar diálogo


postado em 13/09/2017 09:46

Delegados do governo e da oposição da Venezuela viajam nesta quarta-feira à República Dominicana convidados pelo presidente Danilo Medina para tentar empreender um diálogo que solucione a grave crise política venezuelana.

A convite de Medina e do ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o presidente venezuelano Nicolás Maduro deu seu aval ao diálogo, enquanto a oposição anunciava o envio de delegados a Santo Domingo.

"O governo da Venezuela enviará uma comissão de diálogo liderada por Jorge Rodríguez (dirigente chavista); sim, vai haver diálogo", confirmou Maduro ainda na noite de terça, durante uma reunião com seu gabinete.

Quase simultaneamente, a coalizão de oposição informou que aceitava o convite de Medina e Zapatero.

"Foi decidido enviar uma delegação para se reunir com o presidente Medina (...). O convite do presidente Danilo Medina NÃO representa o início de um diálogo formal com o governo", enfatizou o comunicado da Mesa da Unidade Democrática (MUD), formada por cerca de 30 partidos de oposição.

Maduro "saudou o passo da oposição" e disse que espera que cumpra sua palavra.

Tanto o governo como a MUD conduziram com discrição os detalhes de sua participação nas conversações.

Consultados pela AFP, dirigentes opositores preferiram não se pronunciar até que sejam dados os primeiros diálogos em Santo Domingo.

- ONU e Vaticano -

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por sua vez, manifestou seu "pleno apoio" à iniciativa de um diálogo na Venezuela, destacando que a crise naquele país exige uma "solução política baseada no diálogo".

Guterres exortou o governo e a oposição a "aproveitar esta oportunidade para demonstrar seu compromisso em abordar os desafios do país através da mediação e de meios pacíficos".

Desde que Maduro assumiu o poder, em 2013, as partes já tentaram negociar em duas ocasiões, sem sucesso.

No final de 2016, Zapatero e os ex-presidentes Leonel Fernández (República Dominicana) e Martín Torrijos (Panamá) - com o apoio do Vaticano - promoveram um diálogo que fracassou, em meio a acusações de governo e oposição.

A MUD destacou que o convite de Medina será para "explorar, com facilitação internacional, as condições para uma negociação (...) que cumpra as exigências reiteradamente colocadas pela oposição".

Estas exigências são um cronograma eleitoral que inclua eleições presidenciais em 2018, a libertação dos presos políticos, respeito ao Parlamento (controlado pela oposição) e atenção imediata à crise econômica, que se reflete pela escassez de alimentos e remédios, em meio a uma inflação galopante.

"Para um diálogo deve estar o Vaticano, a ONU, os governos democráticos com peso no mundo e haver uma agenda clara e com garantias. Se isto é possível? Maduro tem a resposta", declarou o líder opositor Henrique Capriles.

Na segunda-feira, o papa Francisco pediu às Nações Unidas que ajudem a Venezuela ante a crise que o país enfrenta.


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