Jornal Estado de Minas

Morre Edith Windsor, histórica militante LGBT americana

Edith Windsor, militante LGBT que iniciou uma batalha legal que levou a uma decisão histórica em 2013 da Corte Suprema americana sobre direitos dos homossexuais, morreu nesta terça-feira aos 88 anos, confirmou seu advogado à AFP.

"Edie era a luz da minha vida. Sempre será a luz da comunidade LGBTQ que ela tanto amava e que a amava tanto", declarou sua esposa, Judith Kasen-Windsor, em comunicado.

Após a morte de sua primeira esposa em 2009, com quem havia se casado legalmente no Canadá, Edith Windsor reivindicou 363.000 dólares porque uma lei federal sobre o matrimônio a proibia de beneficiar-se do mesmo regime fiscal que o sobrevivente de um casal homossexual.

Apoiada pelo governo de Barack Obama, levou o caso ao mais alto tribunal do país.

A Suprema Corte lhe deu razão em 2013 e declarou inconstitucional a lei federal que estipulava que o matrimônio era a união entre um homem e uma mulher, outorgando assim aos casais homossexuais os mesmos direitos de um casal heterossexual.

Essa decisão estabeleceu as bases para que a Suprema Corte legalizasse o matrimônio gay em todo o país, em 2015.

O ex-presidente Obama reagiu à sua morte por meio de um comunicado: "Tive o privilegio de falar com Edie há alguns dias e de voltar a lhe dizer até que ponto ela marcou este país que amamos".

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