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Estado de Minas

Bloco governista conservador conquista vitória apertada na Noruega


postado em 11/09/2017 21:07

O bloco conservador da primeira-ministra em fim de mandato, Erna Solberg, ganhou por uma estreita margem as eleições legislativas organizadas nesta segunda-feira no país nórdico.

Solberg se torna assim a primeira conservadora a ser reeleita ao governo norueguês em mais de 30 anos.

Segundo resultados oficiais após a contagem de 93,2% dos votos, o partido conservador e os populistas moderados do Partido do Progresso (anti-imigração) obtiveram, junto com as duas formações de centro-direita, uma maioria de 89 cadeiras, do total de 169 do Parlamento.

"Devemos ser prudentes, mas parece que teremos uma maioria não socialista", declarou Solberg aos militantes, sob uma chuva de papel picado.

Seu grupo perde sete cadeiras em relação a 2013, mas o resultado foi suficiente para arrebatar a vitória ao fim de um "thriller eleitoral".

O principal opositor trabalhista, Jonas Gahr Støre, admitiu a derrota e parabenizou a rival. "Esta escolha é uma grande decepção para o partido trabalhista", reconheceu o magnata de 57 anos. Junto com ecologistas, independentes dos dois blocos mas opostos a um governo que inclua os populistas, conquistou 83 cadeiras.

- Continuidade tranquilizadora -

No poder desde 2013, o atual governo, que reúne conservadores e grupos populistas moderados, como o Partido do Progresso, que tem uma posição contrária à imigração, fez uma campanha com a promessa de continuidade.

A seu favor, o governo conta com a gestão da crise do setor petroleiro, motor da economia norueguesa, afetado por uma brutal queda nas cotações do produto - a maior em 30 anos - a partir de meados de 2014.

O rico país nórdico, onde vivem 5,3 milhões de pessoas, também enfrentou em 2015 a crise dos migrantes, quando em meio a uma onda sem precedentes de refugiados que chegaram a Europa, 31.000 pessoas pediram asilo no reino.

O governo de direita estimulou o crescimento com a redução de impostos e o recurso frequente ao fundo soberano de quase um trilhão de dólares.

Para Støre, um bilionário graduado em Ciências Políticas, a fórmula era outra. Um aumento de impostos para os "mais ricos" para poder consolidar o Estado de bem-estar, tão apreciado pelos noruegueses, e conseguir lutar assim contra as desigualdades.

"Precisamos de uma mudança agora, porque estamos nos afastando uns dos outros", afirmou no domingo o candidato trabalhista de 57 anos, depois de votar de modo antecipado em uma escola em um bairro da zona oeste de Oslo, um distrito majoritariamente conservador.

Conservadores e trabalhistas concordam em muitos temas: as atividades petroleiras no Ártico, uma política de imigração severa e a importância de manter uma relação estreita com a União Europeia (UE), da qual o reino escandinavo não faz parte.

Os ecologistas, a quem as pesquisas outorgavam potencialmente uma posição de força na hora de formar governo, parecem estar sob o patamar de 4%, para o provável alívio da indústria petroleira.

O partido pedia o fim imediato de qualquer prospecção de hidrocarbonetos e o fim da produção petroleira em um prazo de 15 anos.


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